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Capital

Furtos de motos aumentam na rua da região do Shopping Campo Grande

Bruno Chaves | 08/01/2014 09:21
Na Avenida Dr. Paulo Coelho Machado, motos e carros dividem espaço no estacionamento (Foto: Marcos Ermínio)
Na Avenida Dr. Paulo Coelho Machado, motos e carros dividem espaço no estacionamento (Foto: Marcos Ermínio)

Quem precisa ir ao Shopping Campo Grande e deixa a moto ou carro estacionado na Avenida Dr. Paulo Coelho Machado (antiga Rua Furnas), enfrenta um clima de insegurança. Nos últimos meses, frequentadores e funcionários do centro comercial têm relatado casos de furtos e roubos.

No dia 9 de outubro do último ano, a vendedora Marcela Ferreira, 30 anos, estacionou a moto na avenida para ir a mais um dia de trabalho no shopping. “Quando sai de tarde, ela não estava mais lá. Procurei a polícia e fiz o boletim de ocorrência”, conta.

A loja em que Marcela trabalha estava em obras na época do furto. Ela comentou o caso com os colegas de trabalho e, aos poucos, foi descobrindo que outras pessoas foram vítimas da mesma ação. “O rapaz da manutenção disse que mais de 10 pessoas haviam perdido as motos ali na frente”, conta.

“Eu sabia de dois casos só. Mas depois de conversar, descobri que eram mais”, emenda. Quase três meses após perder a Honda Biz, Marcela estima um prejuízo de R$ 2,5 mil.

Figura conhecida dos campo-grandenses, Paulo César da Silva Baptista, 54, o Paulo do Radinho, também foi uma das vítimas dos ladrões de motos em frente ao Shopping Campo Grande. “Em 10 anos tive quatro motos roubados em Campo Grande. Duas foram do lado do shopping”, lembra.

Paulo conta que o último roubo foi em junho de 2012. “Esse foi com arma e foi a gota d’água. Depois disso, desisti. Passei a andar de ônibus e a pé”, garante. “É bem mais seguro”, opina.

O caso mais recente de furto, que a reportagem tomou conhecimento, aconteceu com a moto do professor autônomo César Anunciação, 31. Ele foi ao shopping no dia 2, às 14h, e deixou a moto estacionada na avenida. Ao retornar, às 20h, o veículo não estava mais lá. “Tinha um carro estacionado no lugar da moto. Por isso, acho que levaram antes disso”, reclama.

“Conversando com algumas pessoas que trabalham no shopping, descobri que além de levar motos, eles roubam peças e até danificam vidros dos carros”, lamenta. César diz que procurou a Polícia Civil e fez um boletim de ocorrência, mas que a maioria das vítimas do mesmo crime não faz o mesmo.

Para ele, o maior prejuízo não é o financeiro, mas sim os transtornos causados pela falta de locomoção. “Quando penso em tudo que deixo de fazer por causa do transporte, vejo o verdadeiro prejuízo. Vai além do dinheiro”, acredita.

Estoquista mostra peças de motos que foram furtadas (Foto: Marcos Ermínio)
Estoquista mostra peças de motos que foram furtadas (Foto: Marcos Ermínio)
Motoboy acredita em relacionamento de confiança com flanelinhas (Foto: Marcos Ermínio)
Motoboy acredita em relacionamento de confiança com flanelinhas (Foto: Marcos Ermínio)

Cuidadores – Quem estaciona o veículo em frente a pontos movimentados tem uma única certeza, a de que será abordados pelos cuidadores de carros e motos, os conhecidos flanelinhas. Em frente ao Shopping Campo Grande não é diferente.

Por lá, um dos que cuidam dos veículos é Edmilson Ferreira Santos, 26. “Ao todo, tenho mais de sete anos cuidando aqui nesse ponto”, afirma. Ele diz que cada cuidador tem seu ponto e garante que no dele nenhum veículo foi furtado e roubado.

“Quando ele está aqui eu confio e deixo minha moto até com o capacete. Quem vem sempre ao shopping para trabalhar acaba conhecendo que cuida de verdade. Quando o Edmilson não está aqui, eu deixo minha moto lá dentro”, relata o motoboy Robson Almeida Oliveira, 28.

Já o estoquista Cosmo Júnior, 19, que também trabalha no centro comercial, não teve a mesma sorte. “Esses dias mesmo roubaram o retrovisor e o carburador da minha moto. Isso foi antes do Natal”, lamenta, lembrando que o prejuízo ficou em torno de R$ 400.

Polícia – A assessoria de imprensa da Polícia Militar se pronunciou sobre as denúncias de roubos e furtos na região. O 9º batalhão, que fiscaliza o local, informou que essas ocorrências não têm sido expressivas.

Além disso, a corporação informa que o policiamento no bairro é feito por dois militares em motos, a motopatrulha, e pela viatura comum, sempre nos horários de maior fluxo.

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