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Capital

Galo "bravo" conhecido em praça ataca moradora e caso vai parar na polícia

Situação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22), e idosa registrou boletim de ocorrência

Por Clara Farias e Geniffer Valeriano | 23/04/2024 10:44
Braço de idosa atacada pelo galo (Foto: Geniffer Valeriano)
Braço de idosa atacada pelo galo (Foto: Geniffer Valeriano)

Mulher de 80 anos foi atacada por um galo na tarde desta segunda-feira (22). O animal estava preso por um cadarço em uma praça do Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, quando se soltou e foi para cima da idosa. Ela teve ferimentos no braço e no dedo e registrou boletim de ocorrência. Lei municipal proíbe a criação de galináceos em áreas urbanas da Capital.

A vítima do ataque, Celene Margarida Siqueira, contou que está morando em Campo Grande há duas semanas e já sabia que havia um galo "bravo" na praça. Ontem, ela se distraiu enquanto falava ao telefone e não viu o animal vindo em sua direção. "Achei que se eu evitasse ele, ia ficar tudo bem. Quando vi, ele já estava em cima de mim, até tentei tirar", comentou.

Dona Celene diz que precisou ir ao postinho para fazer um curativo e decidiu registrar boletim de ocorrência por saber que várias pessoas foram atacadas e nada foi feito. "Ainda fui na casa dela [dona do galo] e mostrei: 'aqui o que ele fez' e ela só disse: 'ai, me desculpe'. Eu peguei e falei: 'depois que inventaram a desculpa ninguém mais apanhou'", reclamou a idosa.

Antônia Coronel, 68 anos, com o galo amarado em cadarço na praça (Foto: Geniffer Valeriano)
Antônia Coronel, 68 anos, com o galo amarado em cadarço na praça (Foto: Geniffer Valeriano)

Ela foi socorrida por Helena Pereira, de 61 anos, que mora em frente à praça. Helena explica que foi chamar o vizinho, que é bombeiro, para auxiliar a idosa. "Ela estava com o braço sangrando e falou que o galo havia atacado", comentou ela. Segundo ela, Celene foi avisada de que o galo estava preso porque é bravo. A aposentada ainda relata que o galo já ficou hospedado em sua casa e é acostumado com ela, que leva água e alimento.

A dona do galo, Antônia Coronel, 68, disse que leva o animal para ciscar na praça há um ano, sempre preso por um cadarço junto com uma estaca de madeira para ele não fugir. "Deixo preso porque ele é bravo, mas a galinha eu deixo solta porque é mansa", descreveu. Ela também relata que pediu para Celene não ficar próximo ao galo, mas ela continuou.

Procurada pelo Campo Grande News, a PMA (Polícia Militar Ambiental) respondeu que o caso será averiguado. A Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) informou que esta situação não é de sua competência.

Lei - É proibido criar galináceos, suínos, ovinos, caprinos, equinos e bovinos em área urbana, de acordo com a prefeitura. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) é responsável pela fiscalização.

A lei é para prevenir e controlar as zoonoses, que são doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas. As galinhas podem transmitir diversas doenças. A proibição está prevista na Lei Complementar nº 148, de 2009.

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