Garçom voltava do trabalho para casa quando morreu em acidente de moto

O motociclista Gabriel Ribeiro Marques, 23 anos, que morreu em um acidente na madrugada deste sábado (18), era garçom e havia acabado de ser promovido a supervisor no restaurante Kiwi Tropical do Shopping Campo Grande. Ele voltava do trabalho para casa, quando se envolveu na batida que o levou a morte.

"Ele voltava sempre nesse horário. Quando saía do trabalho e quando chegava em casa, ele avisava os amigos pelo whatsapp, porque todos se preocupavam com ele por conta do horário. Essa era a rotina do Gabriel", conta Suéllen Rossatti, 22 anos, amiga do jovem.

Segundo Suéllen, recentemente, Gabriel havia sido promovido para supervisor do restaurante e estava bastante animado com a conquista. "Ele ficou muito contente, pois fazia pouco tempo que estava na empresa. Ele era sensacional, com um astral incrível, um amigão mesmo", disse.

Por conta da morte de Gabriel, o restaurante não abrirá neste sábado. “Em motivo de luto, hoje o Kiwi Shopping Campo Grande não abrirá. O nosso sentimento a toda família do nosso colaborador Gabriel Ribeiro, que nos deixou essa madrugada. Estamos todos muito triste. Que Deus receba de braços abertos”, diz texto publicado na página do Facebook do restaurante.

Também pela internet, amigos do jovem prestam homenagens: “Hoje o céu vai te receber com festa, estamos todos muito triste, hoje perdemos um amigo , que Deus conforte o coração dá família e nós dá equipe kiwi por ter vivido momentos de superação com esse guerreiro ! Descanse em paz Gabriel !”, publicou uma amiga.

Acidente - Gabriel conduzia uma motocicleta Yamaha Fazer 250 e seguia pela Joaquim Murtinho, quando se envolveu num acidente no cruzamento com a Rua dos Vendas. Ele ficou em estado grave, foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e morreu duas horas depois na Santa Casa.

A colisão foi com um Ecosport. De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), o veículo, aparentemente, era conduzido por Kelly Cristina Martins Quintino.

Conforme o registro policial, ela se apresentou como condutora. No teste de bafômetro, prejudicado por defeito na impressora, o resultado foi de 0,15 mg/l. Kelly foi autuada pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

A batida da moto foi do lado direito do veículo, lado do passageiro, mas apenas a condutora teve ferimento no braço direito. O namorado dela, que supostamente estava do lado da batida, não sofreu ferimentos. Ele não fez teste de alcoolemia, mas, segundo o Boletim de Ocorrência, aparentava visível embriaguez.

“Pelo fato de a batida ter sido do lado do passageiro e, apenas Kelly Cristina Martins Quintino, ter sofrido pequenos ferimentos no braço direito, pode ter havido ou não a troca de condutor, na hora de comunicar o fato aos Policiais Militares”, informa o boletim. A dúvida pode ser esclarecida por câmeras de monitoramento de uma casa. O cruzamento tem semáforos e não se sabe quem avançou o sinal.

O Ecosport foi removido ao pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) porque estava com o licenciamento atrasado. O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor. A prisão para condutor embriagado é a partir de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido.