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Capital

Homem que agrediu funcionário de UPA pode responder por três crimes

Antonio Marques e Viviane Oliveira | 19/05/2016 16:52
Alexandre Brizola e a mulher Márcia Dionísio. Suspeito de agredir técnico de enfermagem da UPA Leblon, ele pode responder por três crimes (Foto: Reprodução/Facebook)
Alexandre Brizola e a mulher Márcia Dionísio. Suspeito de agredir técnico de enfermagem da UPA Leblon, ele pode responder por três crimes (Foto: Reprodução/Facebook)

O suspeito de agredir o técnico de enfermagem Irineu Alves de Lima, 34 anos, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon, no final da noite do último domingo, pode responder por três crimes: lesão corporal, ameaça e desacato a funcionário público. Se condenado, Alexandre Brizola Alves, 32 anos, pode pegar cinco anos de prisão.

Em entrevista ao Campo Grande News, na última terça-feira, Alexandre Brizola negou a agressão e disse que a suposta vítima é quem causou toda a confusão, contrariando o que descreve o boletim de ocorrência, registrado na Depac Piratininga na madrugada da segunda-feira.

Irineu Alves de Lima disse à polícia que Alexandre Brizola o empurrou contra a parede e iniciou agressões físicas contra ele, com socos, chutes e tapas, o que teria causado lesões na parte interna dos lábios. A vítima relatou ainda ter sido ameaçado pelo agressor, caso ele procurasse a polícia.

O motivo da agressão, conforme registrado na polícia, teria sido o atendimento a uma criança na UPA, que seria filho de Alexandre Brizola. A mãe, Márcia Dionísio dos Reis Alves, que disse ser enfermeira, teria discutido com a vítima no momento da coleta de sangue da criança, por discordar do procedimento do profissional e ter solicitado para colher o sangue. Como recebeu uma negativa, Márcia Dionísio teria deixado o local irritada e voltou 40 minutos depois com o marido.

Alexandre Brizola Alves, 32 anos, tem extenso registro na polícia, principalmente por lesão corporal dolosa e ameaça. Lutador de jiu-jitsu, ele ostenta em sua página no Facebook uma foto golpeando um adversário com a mensagem: “Arte suave de quebrar ossos”.

No sistema da Polícia Civil constam ao menos dez envolvimentos dele, entre autor, comunicante ou vítima, em situações de possível confronto a lei. Ainda em sua rede social, Brizola se diz um servo de Deus e que possui conduta reta e pacífica.

O caso será investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil do Jardim Tijuca. Segundo o delegado Messias Pires dos Santos Filho, se ficar comprovado que houve crime, o agressor pode pegar mais de 5 anos de prisão, porém a pena pode ser convertida em multa ou prestação de serviços a comunidade. A autoridade policial ainda vai ouvir testemunhas, vítima e agressor e tem 30 dias para conluir o inquérito.

Faltar com o respeito para com um funcionário público no exercício da função ou em razão dela é um crime previsto no Art. 331 da Lei nº 2.848. A pena prevista para o caso é de detenção de 6 meses a 2 anos, ou multa.

Conforme o delegado Sidnei Alberto, da assessoria da Polícia Civil, o boletim de ocorrência é o ponto de partida para a investigação. A partir dos dados registrados, os investigadores vão ouvir os envolvidos e as testemunhas, além da análise dos laudos que podem comprovar a agressão. Ao final, o inquérito é remetido ao Ministério Público, que decide pelo arquivamento ou envia a denúncia à Justiça.

Neste caso, se comprovado, Alexandre Brizola poderá responder por três crimes: lesão corporal, ameaça e desacato a funcionário público. Isso pode levá-lo a ser condenado até cinco anos de prisão. Mas é o juiz quem vai decidir a pena, que também poderá ser transformada em prestação de serviço à comunidade e pagamento de multa.

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