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Capital

Homem que matou irmãos em briga de futebol ia entregar arma à PF

Filipe Prado | 19/08/2015 09:52
Rodrigo matou ao brigar por causa de clube de futebol (Foto: Marcos Ermínio)
Rodrigo matou ao brigar por causa de clube de futebol (Foto: Marcos Ermínio)

Acusado de matar os irmãos João Pinheiro de Oliveira, 47 anos, e Gilberto Pinheiro de Oliveira, 43, em novembro de 2011 no Bairro Taveirópolis, Rodrigo de Andrade Oliveira, 32, confessou que o crime ocorreu após uma discussão por times de futebol. Ele alegou que iria entregar a arma usada no homicídio à Polícia Federal antes de encontrar as vítimas, porém resolveu ir ao bar antes.

O réu, julgado na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, contou que foi à Defurv (Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) para registrar uma ocorrência de apropriação indébita e depois iria até a PF, onde entregaria a arma.

Porém, no meio do caminho, um amigo o convenceu de ir até um churrasco, onde estariam seus amigos, João e Gilberto. Amizade que se estendia por cinco anos. “Eu gostava muito dele, mas todos tinham medo do Gilberto no Guanandi”, comentou o acusado.

Rodrigo chegou ao bar por volta das 19h, porém a 0h, eles começaram a conversar sobre futebol. Os irmãos eram torcedores do São Paulo, então o réu começou a brincar com a fama do time. “Eu falava que ele era nordestino, conhecido como cabra macho, mas torcia para o São Paulo, que é o time dos bambis”, lembrou.

Ao perceber que João havia se zangado com a brincadeira, Rodrigo parou com as gozações. Um tempo depois chamou o rapaz em um dos cantos e começou a justificar a piada e pedir desculpas, então João o agrediu com um tapa no rosto. “Quando percebi, estava no chão, com cadeira e tudo”, afirmou.

O acusado ficou irado e planejou a morte de João. Ele subiu na moto, onde estava a arma, e percorreu cerca de sete quadras, então voltou ao bar, porém entrou no estabelecimento pelos fundos. “Bate na minha cara agora”, lembrou-se Rodrigo sobre o momento em que encontrou a vítima.

Ele atirou contra a vítima de uma distância de cerca de dois metros. Neste momento, Rodrigo ouviu Gilberto o chamando e viu ele segurando algo, que aparentava ser uma arma, então realizou um disparo que, segundo o réu, seria direcionado aos pés da vítima. “Queria assustar Gilberto, para conseguir fugir”, revelou. Gilberto morreu quatro meses depois na Santa Casa.

Rodrigo reafirmou que não teria intenção de matar Gilberto. “A única coisa que eu queria no momento era me vingar do João”, confessou.

O júri é presidido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da Vara, e a sentença deve ser proferida no começo da tarde desta quarta-feira (19). Conforme a denúncia o homicídio ocorreu por motivo fútil com recurso que dificultou a defesa da vítima.

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