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Capital

Hospital do Câncer vai investigar se mais funcionários participaram de golpe

Luana Rodrigues | 23/07/2015 12:10
Presidente do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Morais Coimbra (Foto: Luana Rodrigues)
Presidente do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Morais Coimbra (Foto: Luana Rodrigues)

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira(23), o presidente do Hospital do Câncer de Campo Grande, Carlos Alberto Morais Coimbra , informou que a instituição abriu o procedimento interno para investigar outros casos e a participação de demais funcionários no desvio de pagamentos feitos por pacientes. Até o momento, uma única funcionária está sendo acusada de ter cobrado R$ 3.828 pelo tratamento médico feito por um idoso de 81 anos, que estava internado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Hospital.

O presidente também explicou como a mulher realizou o golpe. Conforme Coimbra, Lana Machado, 49 anos, que ocupava o cargo de encarregada por faturamento no hospital, teria forjado uma internação particular, quando na verdade, o quarto para onde o paciente foi levado era uma enfermaria de isolamento do SUS. "Vendo o estado de saúde do idoso, a família do paciente pediu que ele fosse transferido para um quarto privado, o pedido foi atendido, mas ao invés de colocá-lo em um quarto particular a funcionário o transferiu para um do SUS, mesmo assim cobrou e cadastrou a internação como privativa", explicou.

Uma semana após o idoso morrer, Lana ligou para a filha dele cobrando a internação. Mesmo entranhando a cobrança, já que uma enfermeira do hospital havia dito a ela que o quarto era do SUS, a mulher decidiu pagar. A funcionária chegou a entregar uma nota fiscal a vítima, que depois foi cancelada, tudo para que o caso não fosse descoberto.
A vítima esperou seis meses para fazer a denúncia, porque chegou a desconfiar que se tratava de um golpe do hospital. Nesse período, ela verificou se a instituição havia sido ressarcida pelo SUS, e neste caso, receberia duas vezes pelo tratamento prestado. Quando constatou que o hospital não recebeu nada, fez a denúncia.

Lana foi demitida por justa causa na tarde de terça-feira (21), logo após o presidente do hospital, Carlos Alberto Morais Coimbra, descobrir o caso, por meio da filha do paciente. Um boletim de ocorrência foi registrado contra a servidora e segundo o boletim, Lana confessou que "fez a cobrança e desviou o dinheiro, porque estava passando por dificuldades financeiras".

Coimbra disse que a família será ressarcida pelo hospital e que será movida uma ação na justiça contra a funcionária, pelos danos causados. A Polícia Civil também investiga o crime, o caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro, mas será investigado pela 1ª Delegacia.

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