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Capital

Investigação descobre que avó usou adolescente para matar homem de 41 anos

Vinícius Squinelo | 16/01/2014 21:01

A Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude) apurou que um adolescente de 16 anos foi usado pela própria avó para matar o companheiro Natalino Fraça, 41 anos, em novembro do ano passado. O caso ocorreu na rua Artur Marinho, 148, Jardim Sayonara, em Campo Grande.

Na época, o jovem se apresentou espontaneamente na Deaij e confessou que deu dois golpes de faca que levaram a vítima à morte.

Contudo, de acordo com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil, considerando certas circunstâncias identificadas no início da investigação, independente da confissão, as investigações foram aprofundadas, novas testemunhas foram identificadas e ouvidas, exames periciais complementares foram requisitados.

Em uma das perícias, foram identificadas manchas de sangue da vítima nas vestes da avó do adolescente, companheira da vítima, Mara Izabel Gomes, 51.

Com o resultado deste laudo, ficou evidente que Mara Izabel participou na execução do crime. Intimada novamente no dia 13 de janeiro, ela foi confrontada com todas as provas testemunhais e materiais e, após quatro horas e meia de audiência na Deaij, acabou por confessar que planejou o homicídio e combinou com o neto que ambos, na data do crime, esperariam a vítima dormir e então o adolescente a atacaria com uma faca.

Ao chegar em casa, na madrugada da data dos fatos, a vítima deitou-se, porém, Mara Izabel, alcoolizada e com raiva do companheiro que, segundo ela, a ameaça de morte constantemente, iniciou uma discussão com Natalino, o qual levantou-se, sendo que durante o desentendimento o adolescente chegou na casa, aproximou-se por trás e desferiu um golpe nas costas da vítima, que ainda recebeu outra facada no abdômen, caindo no chão da sala, onde permaneceu inerte.

Mara Izabel confessou ter ficado ao lado do companheiro ferido por aproximadamente dez minutos, aguardando o sangue esvair-se de seu corpo, quando então, convicta de que morrera, saiu à rua onde simulou um pedido de socorro, de modo a não levantar suspeitas sobre sua conduta.

A investigada confessou, e as provas produzidas mostraram, que durante o tempo em que ela permaneceu ao lado do companheiro, aguardando-o sangrar e morrer, a mesma estava na posse de dois telefones celulares (o dela e o do companheiro), porém, como seu objetivo era produzir a morte de Natalino, não efetuou nenhuma ligação aos órgãos socorristas (Corpo de Bombeiro ou Samu), Polícia ou terceiros, o que foi feito por uma das testemunhas.

Diante dos fatos apurados, foi encaminhada uma cópia dos autos à 7ª Delegacia de Polícia da Capital, para a instauração de inquérito policial e formalização do indiciamento de Mara Izabel Gomes pelos crimes de homicídio qualificado e corrupção de menor.

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