Justiça começa a ouvir testemunhas de empresário que matou amante
A defesa do empresário José Alberto dos Santos Rosa, 72 anos, acusado de matar a vendedora Rosana Camargo de Assis, 29 anos, no dia 8 de outubro de 2011, em Campo Grande, terá três dias para apresentar, ou substituir, as testemunhas que não compareceram à audiência desta quarta-feira (22).
Apesar da ausência, parte da defesa foi ouvida no início da tarde de hoje, na segunda audiência do caso. A expectativa é que dentro de três meses seja definido se o caso seguirá para o Tribunal do Júri ou não.
O advogado de defesa, Renê Siufi, deverá indicar outros endereços, já que três testemunhas de defesa não foram intimadas a comparecer na tarde de hoje. Segundo o juiz da 1° Vara do Tribunal de Júri, Carlos Alberto Garcete, a defesa pode ainda indicar novas testemunhas para serem ouvidas no processo. “Nesse prazo de três dias, a defesa tem as duas alternativas, indicar endereços diferentes ou substituir as testemunhas”.
Garcete afirmou que as oitivas de acusação já aconteceram, e agora uma nova audiência deverá ser marcada para o interrogatório das testemunhas restantes, quando também será ouvido o réu.
José Alberto é acusado de homicídio qualificado e responde o processo em liberdade. Ele é acusado de matar Rosana com um tiro nas costas, na rua Dom Aquino, em frente a antiga rodoviária, em outubro de 2011. José Alberto foi preso por um policial militar, ainda com a arma na mão.
Crime: Rosana dirigia um Corolla, de cor prata, quando foi atingida e perdeu o controle do veículo. O carro acabou batendo no muro do pelotão da Polícia Militar, instalado na antiga rodoviária. À época, um soldado relatou que ouviu o barulho do veículo colidindo e correu para ver o que tinha acontecido. Ao chegar no carro que ainda estava ligado, ele retirou a vítima ainda em convulsão.
Os policiais perceberam que havia um homem no banco de trás do carro. Ao sair do veículo José Alberto tentou esconder a arma na cintura, um revólver calibre 38, mas foi rendido pela polícia.
Conforme uma testemunha que passava no local, o casal parou no semáforo discutindo. A testemunha perguntou para Rosana se queria que chamasse a Polícia, ela disse que sim. Ao parar o carro próximo ao pelotão, o homem escutou a batida do carro da vítima no muro.
Para a Polícia, José disse que é amante da vítima há oito anos e que ela havia se suicidado. Ao ser questionado sobre as quatro munições que estavam no seu bolso, ele disse que foi ela quem colocou. A vítima foi atingida com um tiro nas costas que perfurou o pulmão.
Segundo as investigações, o empresário mantinha uma relação extraconjugal com Rosana. O crime teria relação com o rompimento do relacionamento feito por Rosana. Ela e José Alberto voltavam de um churrasco, tiveram uma discussão no trânsito, presenciada por uma testemunha.