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Capital

Justiça mantém preso procurador investigado por enriquecimento ilícito

Primeira tentativa da defesa de libertar André Luiz Scaff não foi bem sucedida; ele está no Presídio Militar da Capital

Anahi Zurutuza | 10/10/2016 15:31
André Scaff ao sair da Depac do Centro em maio, quando foi detido pela primeira vez (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
André Scaff ao sair da Depac do Centro em maio, quando foi detido pela primeira vez (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, decidiu manter preso o procurador da Câmara Municipal de Campo Grande, André Luiz Scaff, preso no sábado (8), 17 dias depois de conseguir a liberdade, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ele foi transferido no fim da tarde de ontem (9) do Centro de Triagem para o Presídio Militar Estadual, ambas no complexo penal, na saída para Três Lagoas.

O procurador é o principal alvo da Operação Midas, que apura os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Ele é suspeito de receber propina no valor de R$ 3 milhões, para aditar e renovar contratos de empresas prestadoras de serviços com a prefeitura, no período em que foi secretário de finanças, na gestão de Gilmar Olarte – que durou de março de 2014 a agosto de 2015.

Prisões – Esta é a terceira vez que Scaff é preso neste ano. Ele foi detido pela primeira vez em maio, porque durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dele foram encontradas munições calibre 38 e o procurador não tem porte de arma.

Ele também ficou preso de 18 a 20 de setembro. Desta vez o mandado foi expedido a pedido do Gaeco, que acusava Scaff de atrapalhar as investigações contra ele, no âmbito da Operação Midas.

Para pedir a terceira prisão, o grupo de investigadores “de elite” do MPE (Ministério Público Estadual) evidenciou que o servidor público municipal continuava tentando ocultar provas contra ele.

Segundo a coordenadora do Gaeco, a promotora Cristiane Mourão, durante a segunda fase da Operação Midas, que culminou na prisão de Scaff no dia 18 de setembro, investigadores descobriram que desde que teve sua prisão preventiva revogada, em 20 de setembro, o procurador “passou a agir no intuito claro de prejudicar as investigações”.

Ele tentou influenciar “na colheita de prova, inclusive com ameaça a outros investigados e acerto de versões”, completou a promotora.

A defesa do servidor municipal moveu ação contra a terceira prisão de Scaff no domingo (9), durante o plantão judicial. Mas, o pedido de habeas corpus foi indeferido.

O advogado dele José Wanderley Bezerra que ainda avalia uma estratégia de recurso. A prisão de André Scaff é preventiva, ou seja, ele fica recluso por tempo indeterminado.

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