Ladrões fazem arrastão de hidrômetros em bairros de Campo Grande
Hoje o Campo Grande News voltou ao cenário dos crimes e encontrou parte dos hidrômetros em um saco de lixo no matagal em frente a uma das famílias vítimas, na rua Maracantins, no Tijuca
A madrugada de terça para quarta-feira foi de furtos na região dos bairros Tijuca, Caiobá e Aquários, em Campo Grande. A Polícia registrou oito boletins de ocorrências, mas vizinhança afirma que ao menos 30 hidrômetros teriam sido levados.
Hoje o Campo Grande News voltou ao cenário dos crimes e encontrou parte dos hidrômetros em um saco de lixo. A equipe localizou a embalagem dentro de um pneu em um matagal em frente a uma das famílias vítimas, na rua Maracantins, no Tijuca.
A vizinhança acionou a Polícia, que já havia feito varredura no entorno ontem e não tinha localizado nenhum dos itens furtados.
Para o casal Jeremias Bitencourt Godoi, 44 anos e a esposa Regina Marcondes Godoi, 30 anos, a desconfiança veio ainda na madrugada, quando Jeremias foi ao banheiro, deu descarga e a água não voltou para encher a caixa.
Moradores do bairro há 7 anos, os relatos são de que nunca havia acontecido nada assim, mas como tudo, tem sempre a primeira vez. “Aí a gente já ficou desconfiado e de manhã acordamos e vimos que não estava mais lá”, disseram.
Os furtos aconteceram também na rua Diogo Álvares. Em um só terreno com várias casas, três delas tiveram os hidrômetros levados na mesma madrugada, de quarta-feira.
A dona de casa Marli da Silva, 45 anos, contou que o marido sempre acorda cedo e sai para ver se o medidor ainda está lá, por receio de furtos. Na manhã de ontem, quando saiu para ver, o hidrômetro já não estava mais lá.
“A gente já desconfiava, ouvimos o barulho de madrugada”, diz.
Por sorte, ainda restou um pouco de água que deu para as necessidades da manhã. Mas a normalidade na rede só voltou às 10h.
O jeito foi o improviso tanto na casa de dona Marli como dos demais moradores que pediram água para os vizinhos na hora de fazer o almoço.
“Eu arrumei um jeito de escovar os dentes, não ia ficar sem”, relata preocupada a estudante Gabriele Aparecida Moreno, 11 anos.
Ela ainda completa “eles devem ter passado a madrugada toda só fazendo isso”.
Os medidores que foram levados estavam sem proteção, apenas com o cavalete. Depois dos furtos todos eles estão trocados e as famílias deram um jeito de dar mais segurança ao objeto.
Alguns embutiram na parede com cadeado ou anexo a uma mureta e com grade em cima.
O delegado responsável pelo caso, Valmir Moura Fé, afirmou que esses novos medidores não tem mais cobre e ainda assim eles continuam no alvo. “Eles acham que tem e acabam furtando”.