Mãe de adolescente baleado diz que ainda não sabe motivo do tiro
Ela fala que já ouviu várias versões e que o filho está em coma induzido
“Cada hora falam uma coisa”, diz, emocioanda, Silvana de Paula Iniesta, 39 anos, sobre o que aconteceu com o filho dela, Erivelton Iniesta Pereira da Silva, 16 anos. O garoto foi baleado na cabeça na noite desse sábado, no bairro Serra Azul, em Campo Grande.
No saguão do pronto socorro da Santa Casa, à espera de notícias do adolescente, ela conta que o filho tem muitos amigos e que não sabe o que houve. “Todo mundo gosta dele”, fala.
Silvana conta que o menino estava em uma festa quando foi atingido pelo tiro. Segundo ela, o pai não estava junto, como ele havia dito à PM (Polícia Militar) inicialmente. “Ele estava em uma festa com os amigos”, afirma a mãe que recebeu a notícia sobre o filho em casa, pelos amigos.
Após a notícia, o pai acompanhou o adolescente no posto de saúde, para onde ele foi levado inicialmente. De lá, foi transferido para a Santa Casa.
Conforme Silvana, já há três versões para o caso. A primeira, que foi contada também à PM pelo pai, é de bala perdida. Motociclista estaria perseguindo um pedestre, atirou e o disparo atingiu Erivelton.
A segunda versão para o crime é de briga por causa de bicicleta. “Hoje de manhã falaram que ele [Erivelton] não queria emprestar a bicicleta, aí teve briga e o rapaz atirou”, conta Silvana que lembra ainda que já ouviu que poderia ter sido acidente. O autor estaria brincando com uma arma de fogo e de repente foi feito o disparo.
A informação repassada à PM é de que o adolescente estava com o pai na calçada quando foi atingido pelo disparo feito por um rapaz em uma motocicleta. Nenhum suspeito foi preso.
Cirurgia - De acordo com Silvana, Elivelton foi encaminhado para cirurgia na manhã deste domingo e deve ficar com o projétil alojado na cabeça. Segundo ela, o procedimento cirúrgico é para fechar o buraco causado pelo tiro.
Silvana fala também que o filho chegou ao hospital inconsciente e que está em coma induzido.
Dia dos Pais - Ana Carolina de Souza, 21 anos, tia do adolescente, diz que a família já havia combinado de passar a data especial na casa de Silvana. “De repente aconteceu tudo isso”.
A jovem confia na recuperação do sobrinho. “Deus vai fazer uma obra na vida dele. Ele é um menino muito bom”, finaliza.