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Capital

Mãe diz que assassino do filho virou herói e faz protesto na Afonso Pena

Ângela Kempfer e Graziela rezende | 29/09/2013 10:53
(Foto: Cleber Gellio)
(Foto: Cleber Gellio)

Já é o segundo protesto depois da morte do filho, assassinado no início de agosto, na Vila Nasser, e até agora o autor do crime não foi preso. Indignada, Maria Eunice dos Santos reuniu parentes e amigos de Rogério Santos Rocha, o Jabá, e hoje foi até o cruzamento da rua 14 de Julho com a Afonso Pena com o pedidos de justiça.

Breno Félix da Cruz matou Rogério com tiro na cabeça, confessou o crime, mas alegou legítima defesa. Para a mãe da vítima, além de estar em liberdade, o assassino ainda posa de herói no bairro, dizendo que matou “o violentão da Nasser”, o que revolta ainda mais os amigos e parentes de Rogério.

Há mais de 10 anos a briga entre as famílias Santos e Cruz faz vítimas no bairro. Dois filhos de Maria Eunice já foram assassinados e um do lado dos “rivais”.

Maria Eunice encabeça movimento por justiça. (Foto Cleber Gellio)
Maria Eunice encabeça movimento por justiça. (Foto Cleber Gellio)

Rogério cumpria pena no regime semi-aberto, justamente por ter assassinato há 8 anos o irmão de Breno. Ele estava há 7 dias em casa, graça a benefício por bom comportamento, quando foi morto.

Com medo de mais violência, Maria Eunice resolveu deixar a Vila Nasser e hoje mora com a família em outro extremo da cidade.

O pai de Rogério, Waldemar Rocha, participou do protesto na manhã de hoje meio contrariado. “Vim porque minha ex-mulher pediu. Mas nada vai trazer meu filho de volta”, comenta.

Ele se diz “cansado desta história” e lembra que todos os envolvidos na briga de uma década cresceram juntos, criados dividindo as mesmas festinhas, os mesmos churrascos. Já Maria Eunice garante que nunca vai desistir. “Vou até o fim, até ver ele preso”

Vingança – Quando se apresentou à Polícia, Breno contou que também sofreu um atentado durante uma festa no dia 20 de janeiro deste ano, praticado por outro irmão de Rogério, conhecido como “Sassá”. No dia, ele foi atingido na boca e acabou no hospital.

Na versão do rapaz, Jabá o ameaçou de novo no dia do crime, durante a partida de futebol que antecedeu a morte no primeiro domingo de agosto.

Os dois discutiram no campo de futebol de várzea. Segundo o assassino, Rogério chegou a dizer que só não matava Breno porque ele estava com o filho no colo.

O jovem então entregou o bebê à outra pessoa, tirou o revólver e disparou contra Jabá, um tiro acertou a cabeça de Rogério.

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