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Capital

Manifestantes vão ao MPE e criticam postura de promotor "religioso"

Mariana Lopes e Viviane Oliveira | 12/07/2013 18:06
Manifestantes levaram faixas e cartazes para o protesto (Foto: Cleber Gellio)
Manifestantes levaram faixas e cartazes para o protesto (Foto: Cleber Gellio)

“Alerta à juventude, amor é que muda, Harfouche só ilude”. Foi entoando este grito de guerra que os manifestantes do movimento LGBT chegaram em frente ao prédio do Ministério Público Estadual, em Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (12).

O objetivo deles era de criticar a postura do promotor de Justiça da Infância e Adolescência, Sérgio Harfouche. “Queremos que ele apareça em eventos públicos como representante do MPE, como um promotor, e não se posicione como um religioso. Na igreja, ele pode se posicionar, mas como homem publico não”, destaca a presidente da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), Cris Stefanny.

A intenção era de que o promotor recebesse o grupo, com aproximadamente 70 manifestantes. Contudo, de acordo com a assessoria de Harfouche, ele está de férias e não estava no MPE.

“Mas valeu a pena, com certeza ele vai ficar sabendo. Agora, esperamos que ele se policie mais em seus pronunciamentos público como promotor e que quando for se manifestar em ralação ao nosso protesto, que não seja preconceituoso e nem raivoso”, disse Cris.

Segundo a presidente da Antra, Harfouche impõe a religião quando vai dar palestras como promotor de Justiça. “Uma pessoa pública tem que seguir a constituição, não pode ser fundamentalista”, critica.

De frente do prédio do MPE, o grupo iria até a Câmara Municipal de Campo Grande, onde os manifestantes tentariam ser recebidos pelo vereador Elizeu Dionízio (PSL), que é presbítero da igreja Assembleia de Deus Missões e preside a Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos.

Contudo, por causa do horário, o grupo decidiu não ir mais à Casa de Leis. “Só seríamos recebidos pelos assessores, o vereador mesmo com certeza não estará mais lá. Mas já deu para passar a mensagem que queríamos”, diz Cris.

A manifestação acabou na praça Ary Coelho, para onde os manifestantes retornaram após saírem de frente ao prédio do Ministério Público Estadual. Toda a passeata foi acompanhada pela Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e pela Ciptran (Companhia Independente de Polícia de Trânsito), que estimou 70 pessoas participando do movimento.

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