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Capital

Moradores aderem ao silêncio para se proteger contra violência em bairro

Filipe Prado | 10/10/2014 19:43
Os moradores aderiram ao silêncio e reclamaram somente da infraestrutura do bairro (Foto: Marcelo Calazans)
Os moradores aderiram ao silêncio e reclamaram somente da infraestrutura do bairro (Foto: Marcelo Calazans)

Em meio a ruas sem asfalto e iluminação precária, moradores do loteamento Nossa Senhora Aparecida, na região do Bairro Vila Nasser, relataram a falta de segurança pública no local. Com arrombamentos, quase diários, a casas e carros, os moradores preferiram “esconder” o medo e aderir ao silêncio, como forma de segurança.

Maria Eduarda, que não quis se identificar, alertou o Campo Grande News para um “caos na segurança pública” do bairro. Ela contou que vários carros e residências têm sido arrombados todos os dias e pertences furtados.

“Entram com um uno branco e ou um gol preto e levam de tudo o que tem na casa, estamos no trabalho e vem a noticia”, revelou a moradora. Para ela a onda de furtos é um “choque” para todos que moram no Nossa Senhora das Graças. “É um choque. Em poucos minutos furtam tudo da gente. O que a gente levou anos para conseguir”, desabafou.

Pelo loteamento os moradores asseguraram que a situação é diferente da relatara por Maria Eduarda. “Aqui é bem tranquilo. Eu posso sair à 1h da madrugada para ir ao posto de saúde que não vai acontecer nada”, assegurou a dona de casa Neusa pires, 34.

A dona de casa afirmou que o único problema do loteamento é a falta de iluminação pública. “As pessoas andam a noite e torcem o pé ou tropeçam. Esse é o problema do bairro”.

O eletricista João Henrique, 29, concordou com Neusa, porém disse que na madrugada desta sexta-feira (10) ouviu alguns disparos de arma de fogo. “Eu ouvi dois tiros, por volta da 00h, mas foi a primeira vez. Nunca ouvi falar de roubos por aqui”, concluiu.

O discurso foi repetido por vários moradores pelo loteamento, mas algumas pessoas, que trabalham na região, porém não moram no Nossa Senhora das Graças, alertaram para uma versão diferente dos fatos. “Já arrombaram muitas casas por aqui. Esses dias entraram aqui na casa onde trabalho e roubaram todas as minhas ferramentas”, assumiu o pedreiro Marques Martins, 42.

Ele afirmou que os moradores optaram pelo silêncio para se proteger. “Eles não gostam de comentar estes fatos. Tem medo”, constatou.

Para o pintou Fábio Corrêa Bastos, 29, o problema do loteamento é o tráfico de drogas. “Aqui virou entrada para o tráfico de drogas e até prostituição. O problema também é a falta de policiamento no bairro”.

Ainda advertiu para o caso dos moradores que possuem residências em áreas invadidas, onde o comerciante Gilmar Gobbi afirma ser proprietário. “Todos os dias uma pessoas passa pelas casas e atira para o alto, ameaçando os moradores, para que eles saiam do terreno”, revelou Fábio.

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