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Capital

Motorista e empresa podem ser indiciados por morte em explosão

Paula Maciulevicius | 27/11/2012 09:29
Trabalhador morreu ao abrir tanque que ainda continha gases. Explosão fez com que corpo parasse a 15m do tanque. (Foto: Simão Nogueira)
Trabalhador morreu ao abrir tanque que ainda continha gases. Explosão fez com que corpo parasse a 15m do tanque. (Foto: Simão Nogueira)

O motorista Oziel Cândido da Silva, 34 anos, e a empresa para qual o funcionário morto na explosão do tanque de combustíveis no último sábado, trabalhava a Abatec, podem responder pelo homicídio de José Oliveira da Silva, 60 anos.

O delegado responsável pelo caso, Devair Aparecido Francisco, ainda vai ouvir três pessoas entre funcionários e representantes da empresa e aguarda o laudo pericial do local.

“Se for uma questão de negligência do responsável por verificar se havia gases no tanque, ele pode ser indiciado por homicídio culposo, assim como a empresa, se não tomou as devidas precauções”, explicou o delegado.

O responsável pela checagem dos gases, o também motorista da empresa, Oziel Cândido contou à Polícia, em depoimento anterior, que ele fez a verificação em todos os tanques, mas não avisou José Oliveira que no quinto e último ainda havia gás.

Oziel chegou a ser hospitalizado porque teve ferimentos na explosão.

A Perícia constatou no dia do acidente que terminou na morte do trabalhador, que os funcionários não usavam equipamento de proteção individual. “O representante da empresa foi negligente também e pode responder por isso”, acrescentou o delegado.

Caso - O trabalhador José Oliveira da Silva, 60 anos, morreu em explosão de tanque de combustíveis no último dia 24, em Campo Grande. O corpo dele ficou desfigurado e foi parar a 15 metros do local.

José Oliveira trabalhava há pelo menos três anos como soldador da Abatec Soluções Ambientais e morreu quando abria um tanque de 15 mil litros que seria recolhido. O acidente aconteceu no pátio do posto Platinão, na BR-163, saída para São Paulo.

A Abatec recolhe tanques não mais utilizados, faz a desgasificação, corta, limpa e derrete. O material então é vendido. Para o recolhimento é preciso verificar se há gás no recipiente. Essa verificação é feita com o equipamento chamado explosímetro.

O explosímetro é uma mangueira pequena que é colocada no tanque por pequenos espaços. Se houver gás, o equipamento acusa e depois retira. Enquanto o gás não for totalmente retirado, a tampa – que fica nos fundos – não pode ser aberta. Caso isso aconteça, há risco de explosão

A suspeita é que José Oliveira foi abrir o tanque sem verificar se havia gás no local. Quando ele ligou o maçarico, houve a explosão.

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