Na Capital, principais crimes contra a mulher são agressão, ameaça e injúria
Agressão, ameaça e injúria são os principais crimes cometidos contra a mulher campo-grandense, revelou a delegada Marília de Brito Martins, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Segundo ela, de janeiro a outubro deste ano, foram registrados 4.563 boletins de ocorrências. Em 2012, o total foi de 5.550.
Para Marília, duas situações, uma positiva e outra negativa, norteiam o aumento de números de denúncias de violência contra a mulher em Campo Grande.
“Uma positiva e outra negativa. A negativa é a cultura do machismo, onde o homem vê a mulher como objeto e acredita que pode fazer o que bem entender com ela. A positiva é o encorajamento da mulher em procurado ajuda e atendimento quando é agredida”, revela.
A questão cultural é o principal fator que contribui com a violência contra a mulher, define a delegada. De acordo com Marília, a própria mulher, muitas vezes, aguenta os abusos cometidos pelo companheiro para manter a família.
“Ela tenta sempre ficar com a família e manter o casamento. Muitas vezes, não denúncia pelo fato de uma dependência econômica ou até mesmo por acreditar nas promessas de melhora de comportamento”, explica.
Estupro – O crime considerado hediondo por muitas pessoas tem se mantido estável em Campo Grande. Em 2010, 70 mulheres foram vítimas de estupro. Em 2011, o número subiu para 90. No ano passado, a quantidade de registros do crime caiu para 80 e em 2013, até outubro, foram 72 mulheres abusadas sexualmente.