O dia é de contabilizar prejuízos; empresário diz que perdeu 10 mil
Moradores de vários bairros de Campo Grande estão contando prejuízos e fazendo mutirões de limpeza na manhã desta segunda-feira (17). Um dos bairros atingidos pelo vendaval da manhã de ontem é o Manoel Taveira, vizinho do Coophatrabalho, um dos mais prejudicados pelo temporal.
Dono de uma borracharia localizada na esquina das avenidas Euler de Azevedo com Presidente Vargas, José Luiz, de 50 anos, teve um prejuízo estimado em R$ 10 mil.
Uma cobertura metálica que cobria a área utilizada para o serviço de alinhamento ficou destruída com a força do vento. Várias telhas que cobrem a borracharia foram levadas pelo temporal e o cenário é de destruição.
“Agora a gente tá tirando o que sobrou da cobertura e já fizemos um mutirão de limpeza aqui dentro”, conta o proprietário.
Funcionário da borracharia, Edson Luiz Bezerra, de 25 anos, estava no local quando o temporal começou e conta que os dois clientes que estavam no estabelecimento ficaram assustados.
“A gente correu pra dentro da borracharia e esperou a chuva passar. Foi menos de 5 minutos de vento forte e deu esse estrago todo”, diz.
Outro estabelecimento atingido pelo temporal de ontem foi a empresa Master, especializada em para raio. A loja fica na avenida Mascarenhas de Moraes, no bairro São Francisco, e a cobertura metálica e o toldo também foram danificados pelos ventos.
Uma equipe de manutenção trabalha para retirar a estrutura retorcida e recolocar uma nova cobertura no prédio. Segundo funcionários, o serviço da empresa não foi prejudicado porque parte dos funcionários trabalha na rua prestando manutenção.
Bairros – Dono de uma loja de roupas, Aires Savala, de 50 anos, tirou a segunda-feira para limpar a frente da loja e achar uma solução para o toldo retorcido pelo vento. A loja fica no bairro Santa Carmélia e Aires mora nos fundos do estabelecimento.
O dono da loja explica que por pouco o toldo não foi arrancado pelo vendo. “Eu estava dentro de casa e só ouvi o barulho forte. Ficamos desesperados e agora temos que gastar para arrumar tudo”, conta. O proprietário estima que terá um gasto de R$ 600 para trocar o toldo.
Outras casas do bairro e até um posto de saúde tiveram parte do telhado danificado por conta da velocidade do vento, que chegou a 80 km/h.
No bairro Coophatrabalho, um dos mais atingidos pelo vento, a manhã é de limpeza dos estragos. Na Rua Extremosa, uma árvore de grande porte caiu e equipes Prefeitura fazem o corte.
Dois caminhões e um trator devem passar a manhã retirando os caules e galhos da rua. A aposentada Olga Galdino, de 77 anos, estava em casa durante o temporal e conta sobre o susto passado no fim de semana.
“Eu só ouvi esse barulho enorme e me tranquei em casa. Ainda bem que não caiu em cima de nenhuma outra”, desabafa a aposentada.
Estragos – De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 48 árvores caíram na cidade e o índice de chuva chegou aos 69 milímetros. O número superou a média esperada para todo o mês de junho.
Durante o temporal, a corporação recebeu 68 chamados, pelos menos nove casas foram destelhadas e quatro árvores caíram em residências. Não houve registros de feridos.
Alguns bairros também tiveram falta de luz durante todo o domingo, segundo a Enersul, houve 600 atendimentos, o que corresponde a cinco dias de trabalho em apenas 24 horas. Cabos de energia romperam em 20 pontos da rede.
