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Capital

Pais não conseguem matricular filhos pela internet e lotam Central

Alan Diógenes | 28/01/2015 09:01
Movimento é grande na Central de Matrículas. (Foto: Alcides Neto)
Movimento é grande na Central de Matrículas. (Foto: Alcides Neto)

Faltando apenas 13 dias para o início das aulas da rede estadual de ensino, pais e mãe de alunos encontram dificuldades para encontrar vagas nas escolas mais próximas de casa. Sem conseguir fazer a matrícula pelo site Matrícula Digital, alguns estão recorrendo à Central de Matrículas, localizada na Avenida Noroeste, no Centro da Capital. O problema é que a grande procura já tem causado filas e transtorno aos pais.

É o caso da cabeleireira Elaine Suzana da Silva, 30 anos. Ela conta que fez a matrícula o filho de 5 anos que vai entrar no pré-escolar pela internet, mas o sistema informa que ela receberia uma ligação para confirmar a matrícula, o que não aconteceu. “Tive que vir na central de vagas, por que pelo telefone não consegui nenhuma informação. O pior é que a gente tem que sair do trabalho e ficar o dia todo correndo atrás disso. Ao invés de facilitar, eles dificultam a vida da gente”, comentou.

Já a auxiliar de serviços gerais Lucimar Ferreira, 37, não conseguiu fazer a matrícula da filha de 5 anos nem pelo site Matrícula Digital. “Pelo site não está dando pra fazer, já vim duas vezes na central de vaga e ainda não consegui matriculá-la. Não sei mais onde recorrer, por que as aulas começam daqui uma semana e meia”, explicou.

A copeira Maria Rosângela de Lima, 42, enfrenta outro problema. Sua filha estudava na Escola Estadual Armando de Oliveira, no Bairro Guanandi, e foi transferida sem sua autorização para a E.E. Dona Consuelo Muller. “Vim aqui na central de vagas e eles me disseram que eu não precisava ter feito a pré-matricula dela, por que ela já estudava na escola. Agora vou ter que na antiga escola e ver se eles consegue resolver o problema pra mim. O pior é que não tem mais vagas lá”, informou.

Os moradores do Residencial Nelson Trad no Bairro Jardim Carioca, inaugurado no ano passado, enfrentam problemas para encontrar vagas para as crianças. Segundo a presidente de um dos blocos, Cassiana Marques, 30, por lá moram cerca de 1,6 mil famílias, todas com dois ou mais filhos.

“Desde junho do ano passado quando o residencial foi inaugurado, que enfrentamos a falta de vagas nas escolas próximas. Tentamos fazer pelo site Matrícula Digital, mas eles jogam as crianças para estudar lá longe, é muito burocracia. O pior é que existe um projeto de ser construída uma escola na região, mas até vimos nada”, apontou Cassiana.

A dona de casa Fabiana Romeira, 30, também tentou encontrar uma vaga para os dois filhos de 10 e 8 anos, na escola mais próxima do residencial, mas não conseguiu. “Eles vão ter que estudar na mesma escola que estavam antes, ou seja, distante quatro dois daqui”, destacou.

O mesmo caso enfrenta a cuidadora de idosos Alessandra Rodrigues, 32. Ela quer trazer o filho de 15 anos para morar com ela na residencial, mas não encontra vagas disponíveis. “Por este ano o jeito é deixar ele morando com minha mãe mesmo no Bairro Caiobá, onde ele já estudava. O ano que vem eu tento trazer ele de novo para morar comigo”, finalizou.

O Campo Grande News entrou em contato com a SES (Secretaria de Estado de Educação), na noite de terça-feira (27) para saber que providências serão tomadas quanto à situação, mas não tivemos retorno até a publicação desta matéria.

Elaine não conseguir fazer matrícula no site Matrícula Digital para a filha. (Foto: Alcides Neto)
Elaine não conseguir fazer matrícula no site Matrícula Digital para a filha. (Foto: Alcides Neto)
Moradora do Residencial Nelson Trad reclama da falta de vagas no Jardim Carioca. (Foto: Alcides Neto)
Moradora do Residencial Nelson Trad reclama da falta de vagas no Jardim Carioca. (Foto: Alcides Neto)
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