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Capital

Para André, maníaco voltará a matar e não pode ficar em "colônia de férias"

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 27/05/2013 08:55
Segundo o governador,  maníaco deve ficar atrás das grades. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo o governador, maníaco deve ficar atrás das grades. (Foto: Marcos Ermínio)

O governador André Puccinelli (PMDB) afirmou hoje que o Estado vai solicitar medidas para que Dionatahan Celestrino,de 21 anos, o Maníaco da Cruz, não fique em liberdade. “Já matou três e vai matar mais se ficar solto”, afirmou o governador nesta segunda-feira.

Conforme Puccinelli, o objetivo do governo é que o maníaco não fique “em colônia de férias nem em liberdade”. Para o governador, o mais adequado seria que o jovem ficasse atrás das grades.

Na última quinta-feira, o psiquiatra Luiz Salvador Miranda de Sá Júnior deu alta para Dionatahan, que desde 3 de maio está internado na Santa Casa de Campo Grande. No entanto, a saída do hospital para as ruas depende de autorização da Justiça. No curso do processo, outro lado apontou que o maníaco tinha esquizofrenia

“Que seja doença mental ou patologia, a diferença é tênue. Até os psiquiatras mais ousados não podem discernir. Ele [maníaco] tem consciência do que realizou. O laudo do médico corrobora com isso. Tem consciência do que fez”, afirma o governador, que participa de inauguração do setor de hemodiálise do HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian.

De acordo com a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o laudo do psquiatra foi encaminhado para o juiz do caso. “Não cabe ao governo tomar decisão, o juiz que vai determinar”, diz.

No começo de maio, o juiz da 1ª Vara Cível de Ponta Porã, Mauro Nering Kaloh, determinou a internação de Dionathan Celestrino em hospital. Em caso de descumprimento, o governador e a secretária poderiam ser presos.

Na Santa Casa, foram tomadas medidas de segurança. Ele está sozinho em uma enfermaria onde, ao todo, caberia três pacientes. A janela basculante foi rebitada para impedir a abertura, somente homens fazem o atendimento e todo procedimento é feito com a porta aberta, para que possa ser visualizado pelos policiais militares responsáveis pela escolta.

O maníaco foi para a Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã em 2008, após três assassinatos em Rio Brilhante. As vítimas eram sempre deixadas em formato de cruz. Em 2011, conforme o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), ele deveria ser posto em liberdade por ter cumprindo o tempo máximo de pena: três anos. 

Neste meio-tempo, veio a interdição e ordem para internação compulsória em hospital psiquiátrico. O governo não encontrou local que o recebesse e o maníaco permaneceu na Unei até março deste ano, quando fugiu.

Ele foi localizado no dia 29 de abril na cidade paraguaia de Horqueta. Extraditado, permaneceu numa delegacia de Ponta Porã até o dia primeiro de maio. Nesta data, após um incidente com disparo de arma de fogo na cela onde estava, veio para a 7ª delegacia de Campo Grande. Depois, foi internado na Santa Casa.

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