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Capital

Polícia confirma racha em tragédia e indicia jovem por homicídio doloso

Paula Maciulevicius | 01/04/2013 12:38
“Ele fez sinal com a mão logo na avenida Afonso Pena, onde dá acesso à Duque de Caxias”, fala o delegado Tiago Macedo sobre depoimento de testemunhas. (Foto: Marcos Ermínio)
“Ele fez sinal com a mão logo na avenida Afonso Pena, onde dá acesso à Duque de Caxias”, fala o delegado Tiago Macedo sobre depoimento de testemunhas. (Foto: Marcos Ermínio)

Testemunhas afirmaram à Polícia que os motoristas envolvidos no acidente que terminou na morte do condutor Marcos Vinícius Henrique de Abreu, de 22 anos, ocorrido na noite deste domingo, na avenida Duque de Caxias, estavam disputando racha. O outro motorista foi preso e indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar).

Os militares da Aeronáutica que prestaram os primeiros socorros às vítimas relataram à Polícia que momentos antes do acidente, estavam atrás dos envolvidos e viram quando o condutor do C3, Ryan Douglas Werner Vieira, 20 anos, chamou Marcos Vinícius, que dirigia o Polo, para um “pega”.

“Ele fez sinal com a mão logo na avenida Afonso Pena, onde dá acesso à Duque de Caxias”, conta o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Tiago Macedo dos Santos.

O acidente foi por volta das 21h deste domingo, envolvendo um Polo Sedan e um C3. No primeiro veículo estava o estudante de Engenharia Mecatrônica, Marcos Vinícius, e a namorada dele, Letícia Souza Santos, 23 anos. O carro foi atingido na lateral pelo C3, onde estavam os estudantes de Engenharia Ryan Douglas e o amigo Hugo Nantes Milan, ambos de 20 anos.

Pela alta velocidade, depois da batida, Marcos Vinícius perdeu o controle da direção e bateu derrubando o poste de energia. O carro ficou dividido. (Foto: Samuel Magela)
Pela alta velocidade, depois da batida, Marcos Vinícius perdeu o controle da direção e bateu derrubando o poste de energia. O carro ficou dividido. (Foto: Samuel Magela)

Pela alta velocidade do veículo, depois da batida, Marcos Vinícius perdeu o controle da direção e bateu, derrubando o poste de energia elétrica da avenida Duque de Caxias. Com o impacto no poste, o carro ficou dividido ao meio.

Bombeiros prestaram socorro às vítimas e Marcos Vinícius ainda foi levado para a Santa Casa com vida, mas não resistiu a gravidade dos ferimentos e morreu à 1h da madrugada.

Indiciamento - Ryan foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal grave em relação à namorada de Marcos que era passageira do Polo e racha. O jovem estava alcoolizado, o teste do bafômetro constatou 0,20 mg/l.O valor, descaracteriza crime, mas segundo o delegado é levado em consideração. “Esse elemento influenciou na tomada de decisão, na conduta e foi determinante na causa do acidente”, reforçou o delegado.

Em depoimento à Polícia, Ryan deixa transparecer o racha, mas nega ter praticado. Conforme o delegado, ele admite ter bebido, visualizado o veículo e que houve a colisão. “A velocidade e, sobretudo os vestígios materiais denotam que houve colisão provocada por ele”. A Polícia apreendeu uma caixa térmica, gelo, copo e uma lata de cerveja vazia no carro de Ryan.

Para o indiciamento, o delegado explica que foi levado em consideração o somatório das condutas do motorista. “O fato de ele estar embriagado e em alta velocidade em uma via controlada por radar que indica 50 km/h”. 

Dinâmica do acidente – O C3 bateu na lateral do Polo e depois ainda atingiu uma caminhonete S10 que trafegava à frente dos veículos. Segundo a Polícia, o C3 vinha na faixa central, enquanto o Polo seguia pela direita, na pista preferencial e de carros oficiais.

O caso envolveu todo trabalho de investigadores da Depac Centro. A Polícia ouviu a namorada de Marcos Vinícius quando chegava ao hospital. Letícia confirmou que o namorado dirigia em alta velocidade porque estava sendo seguido.

“Ela declarou que um veículo escuro e porte médio, o C3, empreendeu perseguição ao veículo do namorado e o motorista acelerou temendo algum mal”, relatou o delegado.

A Polícia ouviu nove testemunhas entre policiais, vizinhos e motoristas. A investigação vai agora para a 7ª Delegacia de Polícia Civil.

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