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Capital

Polícia identifica suspeito e carro usado para agressão a jovem por homofobia

Paula Maciulevicius | 18/04/2011 18:10

Vítima deve prestar esclarecimentos na delegacia amanhã

A 1ª Delegacia de Polícia Civil já tem possíveis suspeitos da agressão ao jovem de 21 anos, ocorrida na madrugada de sexta-feira (15), na região central de Campo Grande. Depois de amigos da vítima anotarem a placa do corsa preto, usado pelos agressores durante a violência.

A Polícia afirma que é uma questão de tempo até que possa chegar aos autores. Conforme advogados do jovem, ele vai prestar esclarecimentos sobre o fato na Delegacia, amanhã.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, a delegacia responsável pelo caso já tem os suspeitos. O veículo usado na violência foi vendido, mas continua em nome da proprietária, que mora no interior do estado. O carro foi comercializado para familiares dela, e usado pelos jovens.

A Polícia não confirma a participação do grupo em outros casos de violência e aguarda a vítima comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos. Segundo o delegado titular da 1ª DP, Pedro Espíndola é preciso que o jovem repasse pormenores a ação e características físicas de cada um dos autores.

Existe a possibilidade de um dos agressores não estar na cidade e ter ido para o interior.

No caso de lesão corporal não é aberto necessariamente inquérito, pode ser feito o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por ser crime de menor potencial ofensivo. Na situação de TCO, o caso não vai a julgamento no Fórum, é encaminhado para o Juizado Especial Criminal.

Ao ser concluído, o indivíduo tem a possibilidade de transacionar, ou seja, ter o processo suspenso e a pena a ser cumprida, pagamento de cestas básicas ou prestação de serviço a comunidade.

Caso - O rapaz de 21 anos foi espancado na madrugada desta sexta-feira (15). Ele estava na companhia de um amigo, sentado na Rua Boa Vista, esquina com a Bahia, depois de ter saído de uma casa noturna próxima. Um carro com quatro jovens passou e um deles gritou: “veado”.

Em seguida, dois jovens desceram do veículo e correram em direção às vítimas. O estudante correu, achando que fosse um assalto, para a Avenida Fernando Correa da Costa, seguido pelos agressores até cair no chão, quando começaram os chutes e socos.

De acordo com a vítima, os dois autores zombavam dele durante as agressões. “É muito massa fazer isso gente”, afirmou um deles. Os agressores estavam bem vestidos, aparentemente sóbrios e pareciam ser de classe média alta.

Depois de darem uma pausa, eles entraram novamente no carro e saíram pela redondeza procurando o outro jovem. Momentos depois, os agressores voltaram e um terceiro se juntou ao grupo. As agressões começaram novamente, e o jovem repetia que não aguentava mais apanhar.

Amigos da vítima que também foram seguidos pelos agressores conseguiram anotar o número da placa do veículo utilizado durante a violência.

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