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Capital

Portador de esquizofrenia morre após tomar coquetel em unidade de saúde

Chloé Pinheiro | 07/10/2016 09:16
UPA do Coronel Antonino, onde um homem morreu na noite desta quinta (07). (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
UPA do Coronel Antonino, onde um homem morreu na noite desta quinta (07). (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Sérgio Ribeiro, 46 anos, morreu na noite desta quinta (06), depois de três dias na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, em Campo Grande. O paciente fazia acompanhamento médico há oito anos para tratar esquizofrenia e foi levado à UPA pela família na segunda (03). A causa da morte ainda não foi esclarecida.

Antes do ocorrido, Ribeiro passou sete dias sendo medicado no Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) Vila Margarida. Segundo a família, ele estava no local desde o dia 26 de setembro, até que, no dia 03 de outubro, segunda-feira, perdeu a consciência depois de receber um coquetel de “Gardenal e outros medicamentos” na veia.

O Caps emitiu um encaminhamento para que ele recebesse atendimento na UPA, mas a família o levou por conta própria. Às 17h30, ele foi recebido no Coronel Antonino “desacordado e gemendo muito” e foi internado na área verde, onde ficam casos não-críticos.

Na terça-feira (4), depois de vários pedidos da família, ele, ainda desacordado, foi transferido para a área vermelha da UPA, área das emergências clínicas. Os parentes foram informados, no dia, de que a mudança havia sido feita para que o cuidado dos médicos fosse “mais próximo”.

Depois, na quarta-feira (5), a família de Ribeiro foi informada pelo médico que havia suspeita de cirrose ou hepatite e uma infecção sanguínea sem causa aparente. O mesmo profissional afirmou que o quadro do paciente estava estável.

Ainda inconsciente, na tarde de quinta-feira (6) o homem foi deslocado para a área amarela, com baixa respiração até que passou a apresentar agitação e voltou para a área vermelha e foi entubado, mas morreu às 19h25.

Como as circunstâncias da morte ainda não estão elucidadas, a família abriu boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

A Prefeitura informou por meio de sua assessoria que não pode fornecer informações pessoais da ficha de pacientes, para preservar sua privacidade, mas disse que a família tem direito de questionar o atendimento, caso tenha entendido que houve erro.

Nesse caso, deve ser feita uma denúncia formal na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), para que tenham acesso aos procedimentos e, assim, esclarecer os fatos.

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