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Capital

Prefeitura demite servidor que liderou greve de agentes de saúde

Marta Ferreira | 14/10/2011 11:59

A decisão, publicada hoje no Diário Oficial do Município, é o resultado do processo administrativo aberto contra Amado Cheikh em janeiro

Cheikh conversa com prefeito durante projeto; ele foi um dos líderes do movimento grevista da categoria, no começo do ano.
Cheikh conversa com prefeito durante projeto; ele foi um dos líderes do movimento grevista da categoria, no começo do ano.

A Prefeitura de Campo Grande demitiu hoje o agente de saúde pública Amado Cheikh. Ele foi um dos líderes do movimento grevista da categoria, realizado no começo do ano, e que foi considerado ilegal pela Justiça Estadual.

A decisão, publicada hoje no Diário Oficial do Município, é o resultado do processo administrativo aberto contra Cheikh em janeiro, quando a greve estava em andamento.

De acordo com o decreto assinado pelo prefeito Nelson Trad Filho, a pena de demissão está sendo aplicada por descumprimento ao Estatuto do Servidor Municipal. À época, uma das acusações feitas aos participantes do movimento é que ele haviam abandonado seus cargos, que incluem o combate a doenças graves como a dengue.

Amado estava na Prefeitura há 5 anos e, portanto, já era estável no serviço público.

Apesar de ter liderado o movimento grevista, ele não tem mandato classista, o que impediria uma demissão. O Sindicato da categoria, além disso, não tem reconhecimento do Município, que moveu ação alegando que a entidade não existe oficialmente.

O servidor demitido afirmou ao Campo Grande News que vai recorrer à Justiça para provar que a demissão foi irregular.

Cheikh afirma que sua demissão tem relação com o fato de estar “incomodando” demais. “Estamos politizando o nosso movimento”, disse ele, que é filiado ao PPS.

Ex-funcionário da Previdência, ele é formado em Letras e diz que não tem a intenção de retomar o cargo na Prefeitura, mas quer provar judicialmente que sua demissão foi irregular.

Afirma, ainda, que, mesmo demitido, vai continuar atuando como líder da categoria. Segundo, ele a greve feita no início do ano ainda não foi julgada pelas instâncias superiores e quando isso ocorrer, será considerada legal.

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