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Capital

Prefeitura inicia construção de 14 travessias para auxiliar alunos

Flávia Lima | 12/03/2015 12:18
Obra de uma das travessias começou hoje na rua dos Barbosas. (Foto:Marcos Ermínio)
Obra de uma das travessias começou hoje na rua dos Barbosas. (Foto:Marcos Ermínio)
Em frente a escola José Maria Benfica muitos pais não respeitam e param o carro em cima da faixa de pedestres. (Foto:Marcos Ermínio)
Em frente a escola José Maria Benfica muitos pais não respeitam e param o carro em cima da faixa de pedestres. (Foto:Marcos Ermínio)

A prefeitura deu início a construção de 14 travessias elevadas de pedestres em frente a escolas municipais de diversos bairros da Capital. A previsão é de que elas sejam concluídas dentro de 30 dias, mas esse prazo pode ser antecipado, já que as duas empresas contratadas para as obras estão com os trabalhos adiantados.

Uma delas, a Rial, já conclui duas travessias e iniciou nesta quinta-feira (12) a construção da terceira, que será implantada na Rua dos Barbosas, em frente a escola municipal José Rodrigues Benfica, no bairro Amambaí. A empresa já concluiu a obra na avenida Barreira, em frente a escola Arlindo Sampaio, nas Moreninhas e na rua das Camélias, em frente ao colégio professor José de Souza, no bairro Oliveira. Outras ruas que receberão a passarela são a Dom Pedro II, na Vila Planalto, Ponta Porã, rua Pernambuco, em frente a escola Raio de Sol, rua Taquari, onde está o Instituto Federal de Educação e avenida Presidente Vargas, em frente ao quartel.

Cada travessia demora pelo menos uma semana para ficar pronta, já que é preciso aguardar a secagem do concreto e a conclusão da pintura da sinalização vertical. O valor total das obras é de R$ 283.537,00. Em Campo Grande existem 86 travessias elevadas e de acordo com a assessoria da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), a prefeitura também está realizando a revitalização da sinalização vertical e horizontal existente próximo às 87 escolas.

Ainda segundo informações da Agetran, a decisão de construir as travessias foi tomada após estudos do órgão realizados durante o projeto Volta às Aulas, em fevereiro, quando a diretora-presidente da Agetran, Beth Félix visitou várias escolas para divulgar o objetivo da campanha, que era focada na conscientização dos pais em não parar em fila dupla e observar o uso do cinto de segurança nas crianças.

Naquela ocasião foi constatada a necessidade de travessias em frente a várias escolas. Os técnicos da Agetran levaram em consideração o fluxo do trânsito na rua e se a escola está localizada em um trecho da rua que ofereça riscos aos alunos, além dos pedidos dos próprios pais e diretores. É o caso da escola José Rodrigues Benfica, que fica próximo a esquina da avenida Salgado Filho. Nesse ponto, segundo os pais, os motoristas e motociclistas não respeitam as placas de sinalização e viram a esquina em alta velocidade.

“A diretora contou que uma criança até já morreu atropelada ali na esquina”, conta o estudante Lucas Rodrigues Knapp, 8. A dona de casa e vizinha de Lucas, Jacirene Pires, que acompanha o menino todos os dias na escola disse estar satisfeita com a construção da travessia. Ela também leva o filho à mesma escola há três anos e conta que nunca permitiu que as crianças fizessem o trajeto sozinhas devido aos riscos que a via oferece.

“Aqui precisa de atenção redobrada. Essa obra é indispensável porque os próprios pais não respeitam os limites de velocidade”, denuncia. O agente funerário Marcio Pereira dos Santos, que há cinco anos acompanha o filho que estuda no local, também se mostrou aliviado com a travessia. “Essa obra vai facilitar muito a passagem das crianças, principalmente porque essa rua tem mão dupla na maioria de sua extensão, mas em frente a escola o sentido é único e as pessoas não respeitam”, diz. Ele diz que muitas vezes a própria diretora e funcionários da escola precisam auxiliar no trânsito das crianças

Marcio também aproveita para pedir uma nova sinalização para a via, alegando que muitas vezes guardas de trânsito são deslocados para o local nos horários de saída e entrada dos alunos devido aos problemas de excesso de velocidade.

O motorista Sérgio Oliveira, que trabalha em uma empresa de transporte escolar comentou que a travessia elevada vai auxiliar o seu trabalho, já que ele não permite que as crianças atravessem a rua sozinhas. “Eu pego na mão de todo mundo para levar até a van ou até o portão. Como a turma é grande a travessia vai ajudar nesse trabalho. Vou poder atravessar com elas mais devagar”, ressalta O limite de velocidade próximo a escola é de 30 quilômetros, porém, segundo um dos funcionários responsáveis pela obra, um veículo não consegue passar sobre a travessia a mais de 10 quilômetros.

Durante as obras, o trânsito em frente as escolas ficará interditado por pelo menos uma semana. Apenas as ruas laterais e próximas dos colégios continuam com tráfego liberado. “Causa um pouco de transtorno para quem pega os filhos de carro, mas é para preservar vidas”, diz a dona de casa Jacirene.

Sérgio Oliveira acredita que a travessia elevada vai ajudar a conter a velocidade dos veículos. (Foto:Marcos Ermínio)
Sérgio Oliveira acredita que a travessia elevada vai ajudar a conter a velocidade dos veículos. (Foto:Marcos Ermínio)
Depois de prontas, as 14 travessias ficarão como esta, feita há um ano, em frente ao Lago do Amor. (Foto:Divulgação)
Depois de prontas, as 14 travessias ficarão como esta, feita há um ano, em frente ao Lago do Amor. (Foto:Divulgação)
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