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Capital

Prefeitura vai acionar a Justiça para impedir que HU 'feche' pronto socorro

Nyelder Rodrigues | 12/08/2016 20:38
Hospital Universitário diz que não estava preparado para se adaptar a nova lei e não consegue fechar escalas (Foto: Arquivo)
Hospital Universitário diz que não estava preparado para se adaptar a nova lei e não consegue fechar escalas (Foto: Arquivo)

A prefeitura de Campo Grande acionar a Justiça para tentar impedir que o Hospital Universitário (HU) de Campo Grande deixa de receber pacientes no pronto socorro a partir deste fim de semana. As dificuldades em fechar a escala de médicos fez com que a direção da unidade tomasse essa medida.

Segundo o secretário municipal de Saúde Pública, Ivandro Fonseca, ele define ainda esta noite com a Procuradoria Jurídica do Município os trâmites para fazer a entrada a ação, que será dada no plantão do judiciário estadual.

"Eles [direção do HU] não podem fazer isso de um dia para o outro com a população, deixando ela desassistida. Fomos pegos de surpresa e vamos registrar um boletim de ocorrência contra isso. Se ocorrer alguma negligência, imperícia ou omissão, vão responder por isso", frisa o secretário.

Ivandro também revela que o contrato com o hospital está sendo discutido em avaliação na prefeitura, mas que os repasses do Fundo Nacional de Saúde estão em dia e são feitos diretamente pelo Governo Federal.

O secretário conta que o valor é de aproximadamente R$ 1,9 milhão por mês e que o CRM (Conselho Regional de Medicina) também será acionado por causa da situação, já que tais mudanças exigem notificação com antecedência de pelo menos 30 dias. "Não vamos permitir que a vida das pessoas sejam colocadas em risco", completa.

Dificuldades - Ofício enviado pela gerente de Atenção à Saúde do HU, Ana Lúcia Lyrio de Oliveira, nesta sexta-feira (12), comunica as centrais de regulação municipal e estadual que não terá como atender mais pessoas no PAM (Pronto Atendimento Médico) do HU porque só terá um médico plantonista no sábado (13) e outro no domingo (14).

De acordo com Ana Lúcia, o HU está com dificuldades para fechar as escalas de plantão porque o hospital não estava preparado para cumprir a lei 13.287/16, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 12 de maio, que proíbe que gestantes e lactantes trabalhem em locais insalubres.

"O hospital inteiro é insalubre e temos 17 grávidas [contando enfermeiras e médicas] que tivemos de remanejar para atividades administrativas", explicou gestora, dizendo ainda que o governo federal autorizou a contratação de seis médicos plantonistas para o CTIs (Centros de Tratamento Intensivo), mas isso só aconteceu hoje.

Como os aprovados em concurso público ainda precisam ser convocados e tomar posse do cargo, Ana Lúcia estima que até o dia 1º de setembro, o hospital continuará enfrentando o problema. A direção afirma que pediu socorro à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), mas nada foi feito.

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