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Capital

Presos pagam e trabalham na reforma de escola da rede estadual

Governador participa da solenidade de inauguração da reforma

Antonio Marques | 16/05/2016 17:45
A Escola Estadual Padre José Scampini é a 5ª a ser reformada por presos (Foto: Divulgação/TJMS)
A Escola Estadual Padre José Scampini é a 5ª a ser reformada por presos (Foto: Divulgação/TJMS)

Será inaugurada, nesta terça-feira (17), às 8h30, a reforma da Escola Estadual Padre José Scampini, no Bairro Coophavilla II. É a 5ª escola da rede estadual reformada por presos na Capital. Foram investidos R$ 149 mil, recursos descontados dos salários dos internos que trabalham em convênios com o Estado.

A obra faz parte do projeto Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade, que destina tanto a mão de obra como o dinheiro do próprio reeducando para a construção e compra de material. 

A Escola Estadual Padre José Scampini é o segundo maior colégio estadual de Campo Grande em número de alunos, com cerca de 1,5 mil estudantes. No total, 14 presos trabalharam na reforma e outros três detentos fizeram o serviço de limpeza - todos os que trabalharam na obra são do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Orçada em R$ 149 mil, a reforma contemplou 30 salas, incluído o anfiteatro, além da quadra coberta, pátio, calçamento, muros, pintura geral, troca de vidros, reforma elétrica e hidráulica, e, ainda, projeto de acessibilidade com a construção de banheiros adaptados, guichê da secretaria e da cantina com acessibilidade para cadeirantes, instalação de rampas e piso tátil.

Conforme a assessoria de imprensa do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), desde a criação em 1979, a escola nunca passou por uma reforma geral. Os trabalhos estenderam-se ainda ao redor da instituição, com o corte de grama e limpeza geral. O serviço foi feito também tanto na parte externa quanto interna de uma creche e de um posto de saúde próximos à unidade de ensino.

Conforme o TJMS, a ação é possível graças a outra medida implantada pelo juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execução Penal da Capital e idealizador do projeto que destina mão de obra e dinheiro do reeducando para custear a reforma de escolas públicas estaduais. São descontados 10% do salário dos presos que estão trabalhando via convênios com o poder público. “Este recurso serve tanto para a manutenção dos presídios como também para ações de ressocialização”, informou o Tribunal.

Na solenidade de entrega da obra estarão, entre outras autoridades, o Des. João Maria Lós, presidente do Tribunal de Justiça, o governador Reinaldo Azambuja e o juiz Albino Coimbra Neto.

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