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Capital

Quadrilha aplicava golpes usando nome de deputado federal

Mariana Lopes | 25/10/2012 12:28
Sérgio e Paulo foram presos em flagrante por receptação (Foto: Reprodução/Rodrigo Pazinato)
Sérgio e Paulo foram presos em flagrante por receptação (Foto: Reprodução/Rodrigo Pazinato)

Compras de valor alto e à vista e o comprador com o nome do deputado federal Gabriel Chalita. Dois fatores que enchiam os olhos dos comerciantes e acabavam se tornando um prato cheio nas mãos de uma quadrilha que aplicou vários golpes em Campo Grande.

O último golpe aplicado foi em uma loja de materiais elétricos, onde a quadrilha comprou 10 aparelhos de ar condicionado split, sendo cinco de 9 mil btus e cinco de 12 mil btus, que totalizou R$ 11.750 mil.

De acordo com o delegado que está com o caso, Miguel Said, da 1ª Delegacia de Polícia, primeiro o pedido foi feito por telefone, quando o golpista se identificou com o nome do deputado federal, informando até o número do CPF do parlamentar.

O valor das comprar era sempre acima de R$ 10 mil e o pagamento seria à vista e por depósito bancário. Na segunda parte do golpe, outros integrantes da quadrilha iam até a loja para retirar os produtos, por exigência do cliente.

Dois integrantes da quadrilha foram presos ontem, acusados de receptação. Paulo Henrique Leiva Ferreira, 25 anos, estava na casa dele, onde também estavam os aparelhos de ar condicionado, e Sérgio Palma da Silva, 33 anos, foi detido na oficina mecânica onde trabalha.

Na última sexta-feira (19), eles foram à loja buscar os aparelhos de ar condicionado e as câmeras de segurança identificaram os receptadores. Segundo o delegado, as informações são de que o telefonema de compra dos produtos foi realizado de dentro do presídio.

O que chamou a atenção da polícia foi o modus operandi utilizado em todas as compras. Segundo o delegado Said, primeiro a pessoa que se passava por Gabriel Chalita ligava na empresa para fazer a compra, sempre no final do expediente bancário, com valor alto e o pagamento era feito em depósito, à vista.

O banco registrava o depósito com o valor informado no envelope, que estava vazio. Porém, os comerciantes só ficavam sabendo que o envelope estava sem o dinheiro no outro dia, ou na segunda-feira, quando o depósito era feito na sexta-feira. E a essa altura, a mercadoria já tinha sido retirada da loja.

No total, a quadrilha faturou R$ 44 mil em produtos, sendo R$ 10.250 mil em fios, R$ 11.750 mil em ar condicionado, R$ 12 mil de estorno em um hotel e R$ 10 mil em relógios.

No vídeo, imagem de Paulo e Sérgio carregando a camionete com os aparelhos de ar condicionado.

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