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Capital

Rapaz atribui assassinato de mulher a suspeita de roubo

Francisco Júnior | 28/07/2011 11:37

Crime aconteceu no dia 14 de março de 2009

John Eder Matias da Silva, de 21 anos, acusado de matar e estuprar Helen Neres Nunes, 30 anos, em 14 de março de 2009, confessou o crime em juízo hoje no tribunal do júri e disse que matou a mulher porque achou que ela o havia roubado.

O réu afirmou que estava sob o efeito de droga e bebida alcoólica no momento do crime. “Eu fui em casa pegar dinheiro para usar mais pasta base na companhia dela (Helen), mas quando cheguei no mangal, não estava com o dinheiro. Na hora eu achei estranho. Eu pensei que ela tinha me roubado”, disse o rapaz relatando que depois de matar Helen encontrou as cédulas na roupas dela. “Cai em cima dela porque estava muito bêbado”, acrescentou.

Ele afirmou ainda que foi a vítima quem propôs manter relação sexual com ele em troca de drogas. “Foi ela que se ofereceu para mim. Eu poderia ter qualquer mulher que estava na casa. Ela me convidou porque eu estava com dinheiro”.

De acordo com a denuncia do MPE (Ministério Público Estadual), o crime ocorreu depois que a vítima se recusou a fazer sexo com o acusado. Ao ser indagado pelo promotor Fernando Martins, John Eder confessou que estuprou Helen duas vezes, depois que a jovem estava agonizando.

“Dei uma gravata nela e ela caiu no chão. Ela ficava fazendo uns baralhos estranhos. Ela estava soltando ar”.

Para matar a mulher, o réu utilizou uma pedra de 15 quilos. “Eu joguei a pedra para cima, ela bateu na árvore e acertou o rosto da vítima”, afirmou o rapaz negando que tenha jogado o artefato sobre a face da vítima.

Ele negou ainda que tenha ocultado o corpo de Helen.

Durante sua explanação, o promotor explicou para os jurados o trabalho pericial no crime e contestou a afirmação do réu de que não tinha consciência do que estava fazendo ao cometer o crime. “Ele sabia o que estava fazendo. Ele estar fora de si não concatena com os fatos”, afirmou o promotor.

Fernando Martins apresentou o resultado do exame de insanidade mental em que o réu foi submetido. Conforme o laudo, John Eder possui transtorno sociopata (pessoa que tem desprezo por todo gênero de leis, regras e obrigações, assim como pelo bem estar alheio), é emocionalmente instável, e não apresenta remorso, culpa e arrependimento.

O réu é acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda pelos crimes de ocultação de cadáver e estupro.

O julgamento é presidido pelo juiz da 2º Vara do Tribunal do Júri, Alexandre Yto.

Crime –Helen foi morta em um terreno na rua Clevelândia esquina com a rua Paraisópolis, no bairro Jardim Hortência, no dia 14 de março de 2009. O corpo só foi localizado dois dias depois do crime.

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