ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Santa Casa não pode colocar faca no pescoço da Prefeitura, diz Jamal

Ludyney Moura e Michel Faustino | 11/10/2014 10:37
Jamal argumentou que Prefeitura só pode repassar R$ 2 milhões por mês para Santa Casa (Foto: Marcelo Calazans)
Jamal argumentou que Prefeitura só pode repassar R$ 2 milhões por mês para Santa Casa (Foto: Marcelo Calazans)

Não é apenas a Santa Casa de Campo Grande que está passando por crises financeiras, mas também a Prefeitura da Capital, que não terá condições de assumir o Pronto Socorro do hospital, é o que explica o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Jamal Salém (PR), que acusa a entidade de pressionar o município.

“Se eu for assumir o Pronto Socorro é melhor assumir toda a Santa Casa. Não tenho condições de fazer isso, porque seria necessário todo um remanejamento na Sesau. A Santa Casa tem que entender nossa situação e não simplesmente colocar a faca no nosso pescoço””, revelou na manhã deste sábado (11) o secretário de saúde.

O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), responsável pela gestão do hospital, Wilson Teslenco, afirmou que se a Prefeitura da Capital não aumentar em R$ 4 milhões os repasses mensais do município para a entidade, vai transferir para a Sesau o comando do Pronto Socorro.

Enquanto a ABCG pede R$ 4milhões para suprir o déficit mensal que levou a Santa Casa a pagar apenas 50% dos fornecedores, e que pode resultar na falta de materiais hospitalares e na redução das cirurgias eletivas, a Prefeitura se dispõe a dar metade deste valor, R$ 2 milhões. “Temos que apertar os cintos para chegar ao fim do ano no vermelho”, disse Jamal.

Ainda de acordo com o secretário, a prefeitura tem feito todos os esforços para atender às solicitações da entidade, e já tem disponível R$ 3,750 milhões referentes ao pagamento de um empréstimo da Santa Casa, assumido pelo município, mas que ficou suspenso durante a fase de transição entre as gestões de Alcides Bernal e Gilmar Olarte, ambos do PP. A liberação do recurso, segundo Jamal, só depende de uma assinatura por parte do próprio hospital.

Nos siga no Google Notícias