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Capital

Acusado de homofobia deixa 1º DP com braço engessado após agressões

Vivianne Nunes e Fabiano Arruda | 19/04/2011 12:15
Filho do prefeito de Costa Rica foi ouvido acusado pelo crime (Foto: João Garrigó)
Filho do prefeito de Costa Rica foi ouvido acusado pelo crime (Foto: João Garrigó)

Calado e com um dos braços engessados, o jovem de 20 anos acusado de participação nas agressões contra outro jovem na madrugada de sexta-feira na Rua 15 de Novembro, em Campo Grande, deixou há pouco a 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde prestou depoimento. O braço machucado, segundo informações da delegada Daniela Kades, era por causa da violência praticada contra o outro rapaz.

O caso agora corre em sigilo de Justiça a pedido da família da vítima. O jovem ouvido, André Baird, é filho do prefeito de Costa Rica (MS), Jesus Baird. Segundo as informações da Polícia, ele confessou ter praticado a violência na companhia de outros dois amigos. Uma quarta pessoa estava com o grupo, mas não desceu do carro enquanto os amigos agrediam com socos e chutes o jovem.

Os outros três envolvidos no caso deverão ser ouvidos na tarde de hoje. Eles irão responder por lesão corporal (pena de 3 meses a um ano)e injúria (1 a 6 meses de reclusão).

Durante depoimento, o filho do prefeito não apresentou nenhuma razão plausível para a violência. Disse apenas que estava com os amigos quando passaram por dois jovens que julgaram ser gays. Então resolveram descer e começaram a agredir um deles. Ele falou ainda que não se recorda da ordem cronológica das coisas pois haviam ingerido bebidas alcoólicas.

A defesa dele e de outro jovem envolvido é feita pelo advogado Wagner Leão do Carmo, que também não quis comentar o caso.

Os dois advogados que representam a vítima afirmaram que irão seguir a linha de defesa sem expor o rapaz. Eles também deixaram a delegacia sem falar com a imprensa.

Segundo informações da delegada Kades, na versão do jovem ouvido nesta manhã, “os rapazes avistaram as vítimas que poderiam ser homossexuais e resolveram descer para agredi-lo”. A vítima confirma que no momento em que os agressores batiam nele, riam e o xingavam fazendo menção a sua opção sexual.

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