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Capital

Taxista que foi atingido por caminhonete morre na Santa Casa

Viviane Oliveira | 04/07/2013 14:30
Sebastião quando ainda estava internado por causa do acidente. (Foto: Marcos Ermínio)
Sebastião quando ainda estava internado por causa do acidente. (Foto: Marcos Ermínio)

O taxista Sebastião Mendes da Rocha, de 52 anos, ferido em um acidente de trânsito no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Bahia, morreu por volta das 8h30 desta quinta-feira (4), após ficar 20 dias internado na Santa Casa. A família ainda não sabe qual foi a causa da morte e afirma que Sebastião foi vítima de erro médico.

Na madrugada do dia 11 de fevereiro, o táxi conduzido por Sebastião foi atingido por uma caminhonete L-220, conduzida por Diogo Machado Teixeira, de 36 anos. No táxi estavam também José Pedro Alves da Silva Júnior, de 22 anos, que acabou morrendo e o amigo dele, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, de 21, ficou ferido, mas sem gravidade.

Por conta do acidente, Sebastião ficou quase dois meses no hospital, quando teve alta no dia 4 de abril. A esposa do taxista, Dorvalina Ricardo Luz, de 63 anos, conta que desde então o esposo vinha se recuperando bem.

Segundo Dorvalina, no dia 14 de junho Sebastião saiu para comprar pão e voltou reclamando de dor de cabeça, tomou remédio e foi deitar. “Quando entrei no quarto ele estava se debatendo e babando”, disse, acrescentando que imediatamente Sebastião foi levado para a Santa Casa.

Lá, Sebastião passou por exame e o médico disse que se tratava de um tumor maligno na cabeça e ele deveria passar por uma cirurgia. “Antes do acidente ele tinha uma vida normal. Foi difícil de acreditar que estava com câncer”, afirma Dorvalina.

No dia 18 de junho, Sebastião foi operado pelo médico neurologista e o estado de saúde dele começou a piorar a cada dia. Conforme a família, o médico nunca explicou o que realmente estava acontecendo, apenas dizia que o estado de saúde dele era grave.

“Nas últimas semanas, o doutor chegou na minha filha e disse que era melhor levá-lo para casa para morrer junto com a família, pois no caso dele não havia mais jeito. O médico revelou que no corpo dele apenas o coração funcionava”, afirma Dorvalina.

Segundo ela, depois de alguns dias do médico ter feito esse pedido ele chegou novamente na família e disse que eles estavam certos, pois o tumor na cabeça do paciente não se tratava de câncer.

“Meu marido escapou de um acidente gravíssimo e o médico o matou. Ele não precisava ter passado por aquela cirurgia”, protesta, acrescentando que o resultado da biopsia foi de uma inflamação crônica no cérebro.

A causa da morte ainda não foi divulgada e a família não sabe se tem relação com o acidente. O corpo de Sebastião foi encaminhado para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) para exame necroscópico. A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que o hospital só vai se pronunciar após o resultado do laudo.

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