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Capital

Testemunha narra noite de terror e aponta autor de tiro que matou criança

Viviane Oliveira e Leandro Abreu | 03/06/2016 11:11
Dá esquerda para direita estão Elvis, Douglas e Marcos, que são julgados hoje no Tribunal do Júri.  (Foto: Leandro Abreu)
Dá esquerda para direita estão Elvis, Douglas e Marcos, que são julgados hoje no Tribunal do Júri. (Foto: Leandro Abreu)

“Eles chegaram atirando em todo mundo”, disse a testemunha Vanderlei Gonçalves, durante julgamento nesta manhã (3) dos três acusados de envolvimento na morte de Maria Clara Silva Santos, de 2 anos, ocorrida em 2014. A criança estava brincando na calçada quando foi baleada no peito. Além dela, cinco pessoas foram atingidas.

O crime ocorreu no dia 19 de outubro, na Rua Israel, em Campo Grande, durante uma festa de aniversário. Os acusados, Elvis Henrique Ortega Cheles, Marcos Antônio Reis Santos e Douglas Aparecido de Domingos de Oliveira Batista, são julgados na 2º Vara do Tribunal do Juri. Os réus respondem por homicídio qualificado por motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima e tentativa de homicídio qualificado.

Conforme Vanderlei, que teve o pai, o irmão e o tio baleados na festa, Elvis foi o responsável pelo tiro que matou a criança. Ele contou que os acusados chegaram na confraternização chamados por Gabriel Henrique Amorim Bernardo que havia apanhado no local minutos antes após tentar agredir a ex-namorada. “Os três chegaram em um carro e Gabriel estava de bicicleta. Elvis desceu e atirou várias vezes”, conta. No local, havia várias crianças.

A outra testemunha, Vanderlei Campos, primo da menina agredida por Gabriel confirmou em depoimento que quem atirou foi Elvis e Marcos. Cada um estava armado com um revólver. Ele não quis falar na frente dos réus e pediu que os três fossem retirados da sala. “Meu filho não gosta de tocar no assunto. Vanderlei ficou traumatizado e só veio para ajudar resolver a situação”, explica a mãe do rapaz, Rosana Nogueira de Campos.

Gabriel, por algum motivo que ainda não foi informado, não é julgado hoje. O resultado do júri deve sair no final da tarde. Conforme a denúncia foi Douglas que levou os atiradores até o local da festa.

O caso - A bebê Maria Clara chegou a ser socorrida, mas morreu no posto de saúde do Bairro Aero Rancho. Marcos e Elvis fizeram pelo menos 12 disparos que atingiram cinco pessoas. Na época, ficaram feridos José Atanazio Soares, 80, Heleno Escobar, 52, Wanderson Escobar Soares, 27, José Atanazio Escobar Soares, 29, e Jorge Lhopes Barbosa, 52. A bisavó da menina morta, Irene Maria da Conceição Silva, 72 anos, passou mal com a notícia e faleceu logo após o crime.

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