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Capital

"Tiro, porrada e calcinha": comerciantes denunciam "rolezinho" do Nova Lima

Moradores e comerciantes sofrem com tumulto no trânsito e violência perto de tabacaria

Por Geniffer Valeriano | 09/04/2024 16:06

“Só quem vive aqui sabe”, diz idoso que cansou de recolher calcinhas e camisinhas após “rolezinho” de frequentadores de uma tabacaria localizada no início da Rua Zulmira Borba, no Nova Lima, em Campo Grande. Quem vive na região afirma que pancadaria, troca de tiros, sexo na rua e muro com urina se tornaram rotina.

Em vídeo encaminhado para a reportagem, é possível ver grupo em motos “cortando giro” e tumultuando o trânsito na região. Além do barulho alto dos aceleradores e escapamentos, os motociclistas ainda trafegavam pela contramão.

No segundo vídeo, o narrador anuncia: “tá tendo tiroteio para todo lado aqui”. Enquanto ele filma uma briga, é possível escutar o momento em que são realizados três disparos. Em seguida, algumas mulheres correm no sentido contrário aos tiros.

Trabalhando diariamente com público, o vendedor, de 24 anos, afirma que todos os clientes reclamam da situação. “Todo sábado de manhã você chega e tem uma briga, um sapato de um para um lado. No final de semana, isso aí 'é normal' aqui”, disse.

Temendo por sua segurança, o idoso de 69 anos conta que o problema começou há cerca de seis meses. O empresário ainda relata que, na madrugada de sábado (6), escutou os tiros durante a confusão. “Deu seis tiros. Deu três, aí a mulher gritava, o homem gritava, passou um pouquinho e aí mais três tiros. Eu fiquei lá dentro, não saí aqui, não, de medo. Um dia eu levantei cedo e estava puro sangue na calçada, isso faz uns dois meses”, contou.

Para o idoso, os piores dias são sexta-feira, sábado e domingo, quando os “tumultos” costumam acontecer. “Tá a pior coisa que pode haver aqui com nós todos. Tá ruim, é tiro, é briga, é barulho, jogam garrafas pra tudo quanto é lado. Já peguei mulher mijando aí, já até cagaram aqui. Tá uma vergonha, já encontrei a calcinha de mulher, camisinha que deixam”.

Para poder trabalhar, o empresário relata acordar antes das 6h30, mas por conta do barulho alto passa os fins de semana em claro. “Tem que fechar [a tabacaria], o quanto mais urgente [...]. A gente chama a polícia, mas eles andam até lá na esquina e voltam”, diz.

Outra comerciante, de 44 anos, relata já ter presenciado uma pessoa ser baleada próximo ao local onde ela trabalha. “Já faz mais de mês, mas como entramos de madrugada quando chegamos eles ainda estão por aqui. O cara só não morreu porque a arma pipocou três vezes depois do primeiro tiro”.

O Campo Grande News entrou em contato com a PM (Policia Militar) para falar sobre essa situação, mas até o momento da publicação desta matéria não houve retorno.

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