ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  03    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Vilã de buracos, chuva afeta produção diária de 340 toneladas de asfalto

Total fornecido para a prefeitura por dia equivale a 26 caminhões

Aline dos Santos | 08/02/2017 13:07
Massa asfáltica sai a até 180ºC de usina para o caminhão. (Foto: Marcos Ermínio)
Massa asfáltica sai a até 180ºC de usina para o caminhão. (Foto: Marcos Ermínio)
“Nesta época do ano chove demais e não consigo ter material seco na pedreira", diz Raf. (Foto: Marcos Ermínio)
“Nesta época do ano chove demais e não consigo ter material seco na pedreira", diz Raf. (Foto: Marcos Ermínio)

Cobiçado por moradores dos quatro cantos da cidade, o asfalto bate recorde com 340 toneladas por dia, mas também vê a chuva, que ajuda a esburacar Campo Grande, afetar a sua produção antes mesmo de chegar ao estágio de massa asfáltica.

Resultado da combinação de agregados (pedrisco, pó de pedra e areia) e CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), nome oficial da massa asfáltica, depende de que os primeiros materiais, oriundos da mineradora, estejam secos.

“Nesta época do ano chove demais e não consigo ter material seco na pedreira. A usina, normalmente, trabalha com 80 toneladas por hora, mas, devido ao material que está úmido, cai para 40 toneladas por hora. Então, dá-se a impressão de que é um quebra-quebra. Mas, na verdade não é isso”, afirma Paulo Raf, proprietário da Usimix e da Mineração Campo Grande.

Na última sexta-feira, reportagem do Campo Grande News mostrou a lentidão no serviço de tapa-buraco e as equipes informaram que falta asfalto por conta de que a usina quebrou. “Fica uma fila aí e o pessoal acha que está com problema. Realmente tem problema, mas é a redução de 50% ou mais da capacidade”, diz o empresário.

Atualmente, a Usimix é a única empresa com contrato vigente para fornecer asfalto para a prefeitura de Campo Grande. Com a epidemia de buracos, nunca se precisou de tanta massa asfáltica na Capital. São 340 toneladas por dia, equivalentes a 26 caminhões. 

Com utilização para tapa-buraco, recapeamento e pavimentação nova, o CBUQ sai da usina a até 180ºC. O material vai do maquinário direto para o caminhão, onde é aferido a temperatura, e, depois, coberto com lona. No local da aplicação, volta a ser utilizado o termômetro. 

Chuva afeta extração de materiais como areia e  pedra. (Foto: Marcos Ermínio)
Chuva afeta extração de materiais como areia e pedra. (Foto: Marcos Ermínio)
Epidemia de buracos torna massa afática cobiçada pela cidade. (Foto: Alcides Neto)
Epidemia de buracos torna massa afática cobiçada pela cidade. (Foto: Alcides Neto)

Nesta quarta-feira (dia 8), a reportagem acompanhou a produção na Usimix, na Vila Popular. Primeiro, os materiais oriundos da mineradora (areia, pedrisco e pó de pedra) são levados para grandes compartimentos.

Eles escoam para esteiras e chegam a um grande tubo, que gira constantemente. Lá, acontece a mistura com o CAP, vindo de Betim (Minas Gerais). A máquina só “libera” a massa quando ela está homogênea e a “liga” depende de que os materiais extraídos da mineração estejam secos.

A proporção dos ingredientes é definida, de forma automatizada, pelas máquinas. A temperatura também é informada na tela. De acordo com o gerente Valdecyr Luiz de Lima, toda a produção é monitorada por um fiscal da prefeitura e os caminhões pesados ao entrar e sair do pátio.

A Usimix venceu licitação para fornecer até 30 mil toneladas de massa asfáltica para a prefeitura, com valor de R$ 9,5 milhões. O resultado do pregão presencial 161/2016 foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande em 13 de janeiro.

Conforme o documento, a empresa apresentou preço de R$ 317 cada tonelada de CBUQ. Segundo dados da prefeitura, Campo Grande tem 280 mil buracos, sendo mil fechados por dia.

Nos siga no Google Notícias