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Capital

Vivendo em condições precárias, quilombolas sonham com casa nova

Zana Zaidan e Filipe Prado | 27/12/2013 17:34
Agricultores da Chácara Buriti terão 36 casas; benefício incrementa produção (Foto: Marcos Ermínio)
Agricultores da Chácara Buriti terão 36 casas; benefício incrementa produção (Foto: Marcos Ermínio)

Pequenos agricultores familiares da comunidade quilombola Chácara Buriti, na saída para São Paulo, formalizaram hoje (27) contratos para receber 36 casas populares por meio de um programa social. Fundada em 2005, até então parte dos produtores vivia em condições precárias e, com a inclusão como beneficiários do programa, terão acesso à moradia e, com isso, poderão incrementar a produção rural.

A agricultora Ana Maria de Oliveira Ramos, 36 anos, conta que vive na comunidade com o marido e dois filhos adolescentes em uma casa de duas peças. A família sobrevive com uma renda média mensal de R$ 1,5 mil e, há quatro anos, aguarda a concessão do benefício. “Construímos nossa casa com as próprias mãos, da forma que o dinheiro permitia. Finalmente assinar esse contrato é uma alegria, não vejo a hora de entrar na minha nova (casa)”, comemora.

Contratos foram assinados hoje, com isso, começa construção dos imóveis (Foto: Marcos Ermínio)
Contratos foram assinados hoje, com isso, começa construção dos imóveis (Foto: Marcos Ermínio)

A presidente da Associação da Chácara Buriti, Lucinéia de Jesus Gabelona, 31 anos, afirma que muitas casas “estavam caindo aos pedaços” e a assinatura das casas é um avanço para a comunidade. “Todos aqui são batalhadores e não tem condições de comprar uma casa, mas merecem pelo menos morar bem. Vai aumentar muito a auto estima das pessoas que vivem aqui”, acredita. comunidade.

Foram assinados os contratos para concessão de 36 casas por meio do Programa Nacional de Habitação Rural da Caixa Econômica Federal. Cada imóvel tem 52 m² e custa R$ 30 mil, mas, com o cadastro no programa, as famílias vão pagar 4% do valor, em quatro parcelas anuais.

Com a assinatura, a construção dos imóveis terá início imediato, mas não há previsão de entrega das casas, explica a gerente da CEF, Maria Bertulina Teixeira Ferraz, que esteve na Buriti para formalizar o convênio. “Efetivar a inclusão no programa vai trazer moradia digna para os moradores dessa comunidade”, comentou.

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