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Capital

Vizinhos fazem vaquinha para arrumar viatura, mas onda de furtos continua

Luana Rodrigues | 22/10/2016 16:43
Após "vaquinha", viatura foi consertada, mas as rondas no bairro continuam escassas e os crimes não param.  (Foto: Direto das Ruas)
Após "vaquinha", viatura foi consertada, mas as rondas no bairro continuam escassas e os crimes não param. (Foto: Direto das Ruas)
Moradores encontraram porta da casa arrombada. (Foto: Arquivo Pessoal)
Moradores encontraram porta da casa arrombada. (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma onda de furtos a residências tem assustado moradores do bairro Cidade Jardim, em Campo Grande. Em apenas uma semana, oito casas foram furtadas no bairro, segundo os moradores. Foi feito um pedido de mais segurança no local e a informação da polícia era de que a viatura responsável pela segurança estava quebrada. Por isso, algumas pessoas que moram na região decidiram providenciar uma solução por conta própria. Apelaram para uma “vaquinha” e conseguiram R$ 700 para consertar o veículo

Mesmo assim, as rondas continuam escassas e os crimes não param. “Ontem mesmo a casa da vizinha foi furtada. Chamei a polícia às 19h e a viatura só chegou às 23h. Pagamos um conserto de R$ 700 e mesmo assim não temos o atendimento quando precisamos. Não sei mais o que fazer”, disse o presidente do Conselho de Segurança da Polícia Comunitária do bairro, ClaudioAnache, 59 anos.

A casa furtada nesta sexta-feira (21) é da empresaria Ana Célia Gomes, 54 anos, que antes de se tornar uma vítima da insegurança, considerava o bairro tranquilo. “Eu não sabia que a situação estava assim. Trabalho o dia inteiro até a noite, ai recebo a notícia de que minha casa estava sendo arrombada, a sensação é horrível”, disse.

Como vizinhos avisaram a empresária, os bandidos levaram apenas uma televisão e joias da casa. Mas, para ela, queriam levar muito mais. “Minha moto já estava do lado de fora, a porta toda quebrada, acho que fariam um limpa”, acredita.

Quadrilha que monitora - O crime na casa de Ana Célia ocorreu por volta das 19h30, mesmo horário que criminosos entraram em outra casa no dia 29 de setembro. “Cheguei e estava tudo revirado, levaram dois televisores, dois computadores, um videogame, uma câmera, caixas de som, tudo que poderiam”, conta a moradora de 47 anos, que prefere não se identificar.

A dona de casa acredita que há uma quadrilha praticando os crimes e este seja o horário preferido dos bandidos. “Acredito que eles fiquem nos vigiando para saber quem está em casa ou não e quando tem uma oportunidade entram”, disse.

Assim como o presidente do conselho de segurança, as duas vítimas acreditam que se houvesse uma presença maior da polícia no bairro, a situação poderia ser inibida.

“Eu moro aqui há três anos e nunca vi uma viatura passar. Não ajudei na vaquinha justamente por isso. Pior que é que quando a gente chama a polícia, além de demorarem para vir eles dizem que não podem fazer nada, porque falta efetivo. Os bandidos se sentem livres para agir aqui”, reclama a moradora.

Com tanta insegurança, Ana Célia só enxerga uma solução para não se ver novamente em situação de vítima: “Vou me mudar, procurar um condomínio, apartamento, porque não posso parar de trabalhar. Mas acho que é um absurdo eu precisar mudar até de endereço para me sentir mais segura”, considera.

Sem resposta - O Campo Grande News entrou em contato com o tenente da PM, Francisco Rogeliano, responsável pela segurança na região em que fica o bairro, e ele confirmou a situação relatada pelos moradores. No entanto, o oficial disse que não poderia passar outras informações por telefone e orientou que a reportagem procurasse a assessoria de imprensa da PM. No telefone da assessoria, ninguém atende as ligações.

A reportagem também tentou contato com o secretário de segurança pública, José Carlos Barbosa, para que ele explicasse se há algum plano para resolver o problema de falta de viatura e efetivo, mas a autoridade também não atende o telefone.

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