ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

CNBB repudia manobra que dá ao Congresso decisão sobre terra indígena

Aline dos Santos | 25/04/2012 13:05

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasil) fez um novo alerta para situação dos guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul e repudiou a PEC 215 (Proposta de Emenda à Constituição), que dá ao Congresso Nacional prerrogativa de aprovar e ratificar a demarcação de terras indígenas.

“Repudiamos, de modo veemente, o ataque desferido pela bancada ruralista e outros segmentos do Congresso Nacional aos direitos dos povos indígenas, consignados em nossa Carta Magna, através de proposta de emenda constitucional, a PEC 215/2000”, informa a nota divulgada na 50ª Assembleia Geral dos bispos, realizada em Aparecida (SP).

A proposta foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara Federal e, agora, depende de aprovação em plenário.

Pelos procedimentos em vigor atualmente, a homologação de terras indígenas inicia a partir de uma avaliação da Funai (Fundação Nacional do Índio), passa pela homologação do Ministério da Justiça e segue para a sanção da Presidência da República.

No documento, os bispos também lamentam o adiamento das demarcações e a exploração das terras dos povos tradicionais. Eles chamam a atenção para as condições dos indígenas em Mato Grosso do Sul, que vivem “um verdadeiro genocídio” devido à condição de confinamento e violência. A Igreja Católica ainda demonstra preocupação com a morosidade no reconhecimento dos territórios quilombolas.

Para o presidente da Comissão Pastoral da Terra, dom Enemézio Lazzaris, o que mais tem preocupado a CNBB não é somente a demarcação das terras, mas a reintegração daquelas ocupadas indevidamente. “Nós precisamos da demarcação mas também do reconhecimento das terras que já pertencem aos índios e aos quilombolas”.

No Pará, Maranhão, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, são mais 50 dioceses com comunidades indígenas.

Nos siga no Google Notícias