Com Mega-Sena e greve, procura por lotéricas cresce 50%
Prêmio recorde da Mega-Sena, greve dos bancários e o vencimento das contas do começo de mês já aumentaram em 50% o movimento nas 40 lotéricas de Campo Grande.
O prêmio de R$ 115 milhões, valor que só perde para a Mega da Virada, atrai uma mutidão. A fisioterapeuta Regina Paulon, de 33 anos, conta que sempre tenta a sorte na Mega-Sena.
Na fila para fazer a aposta, em uma lotérica na avenida Mato Grosso, ela se mostrou surpresa até com o valor. "Nem sabia que era esse prêmio".
A empregada doméstica Jennifer Cristina Dias da Silva, de 25 anos, também estranhou o movimento maior nas lotéricas. Acostumada a pagar contas nos estabelecimentos, ela enfrentou fila em uma lotérica na rua Dom Aquino.
"O prêmio maior dá um estímulo", salienta o funcionário público Francisco Carlos de Assis, de 47 anos. O prêmio será sorteado nesta quarta-feira.
De acordo com o presidente do Sindicato das Lotéricas, Ricardo Amado Costa, à exceção da conta de luz, as lotéricas recebem todo tipo de conta. "Mas, por questão de segurança, o valor é de até mil reais", afirma.
Temeroso de que a maior circulação de pessoas e dinheiro atraia a cobiça dos ladrões, o presidente do sindicato entrou em contato com a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) pedindo reforço na fiscalização. Alvo de assaltos, as lotéricas da Capital já investem em medidas de segurança, como seguranças, câmeras e até blindagem.
Correntistas da Caixa Econômica Federal podem recorrer às lotéricas para saque e depósito, no valor de até mil reais.
As lotéricas também pagam benefícios sociais como Bolsa Família, INSS, FGTS (no valor de até R$ 1 mil), Seguro-Desemprego e PIS.
Indeterminado - Os bancários deflagraram greve desde o dia 29 de setembro. Eles reivindicam reajuste de 11%, e os bancos oferecem 4,29%.
Ontem, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região divulgou um balanço da greve. Na Capital, 51 das 96 agências estão fechadas. A greve é por tempo indeterminado.
