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Cidades

Cônsul quer pagar dívida, mas ex não negocia, diz defesa

Redação | 02/07/2010 16:43

O advogado Jairo Fontoura, que representa o cônsul da Síria em Mato Grosso do Sul, Kabril Youssef, afirmou hoje ao Campo Grande News que seu cliente está em dia com a pensão à filha, e por isso sua prisão, pedida pela ex-esposa,

Crenilda Fátima Almeida Caldas, mãe da menina, não faz sentido.

Youssef, conforme o defensor, tem uma dívida "pretérita" referente à pensão, que está sendo discutida na Justiça.

O débito, diferente do valor de R$ 55 mil informado esta semana, passa de R$ 90 mil. Segundo o advogado, ele se refere à diferença entre o valor que o cônsul depositava mensalmente e o montante estabelecido anteriormente, que foi questionado e reduzido. "Mas ele não deixou de pagar e por isso não há motivos para prendê-lo".

O advogado diz que o cônsul está pagando um valor mensal determinado no ano passado pela Justiça e tenta, sem sucesso, negociar o pagamento da dívida com a ex-mulher, mas ela não aceita as propostas. Fontoura afirma que esse foi o argumento aceito pelos desembargadores que concederam esta semana o habeas corpus ao cônsul, entendendo que não era o caso de prisão.

Na votação do habeas corpus, dois desembargadores foram favoráveis ao cônsul, João Batista da Costa Marques e Marilza Fortes. O relator do caso Dorival Moreira, foi contra, assim como o Ministério Público Estadual.

A desembargadora Marilza, que primeiro havia favorável à prisão caso a dívida não fosse quitada, mudou a decisão após o voto do desembargador João Batista da Costa Marques, em que ele afirma que o cônsul está sofrendo constrangimento ilegal, pois tem tentado quitar os valores sem que a ex-esposa aceite negociar.

O advogado do cônsul diz que a pensão, inicialmente fixada em 11 salários mínimos, em 2007, chegou a ser aumentada para o dobro, a pedido da ex-esposa, e acabou sendo reduzida. Também segundo ele, a pensão era paga para mãe e filha, mas a mãe perdeu o direito após a descoberta de que recebia uma pensão do ex-marido falecido.

O Campo Grande News solicitou uma entrevista com o cônsul, mas o advogado disse que ele não deve falar, por se tratar de processo que corre em segredo de justiça, como é regra com as questões familiares. Crenilda também foi procurada, por telefone, mas não atendeu às ligações.

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