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Cidades

Dengue se prolifera na região Oeste e Saúde faz mutirão

Redação | 30/11/2009 09:53

A região Oeste de Campo Grande, onde estão localizados bairros como Coophavila II e Jardim Tarumã, é hoje uma das que mais preocupa a secretaria municipal de Saúde, devido ao grande número de casos de Dengue.

Somente em outubro e novembro, foram 40 notificações da doença na Coophavila II e 70 no Tarumã, o que levou a prefeitura a desencadear um mutirão nesta segunda-feira, na tentativa de conter um surto na região.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Ana Lúcia Lyrio de Oliveira, a população ainda não se conscientizou sobre a importância de não manter em casa criadouros do mosquito Aedes Aegypti, como pneus, garrafas e vasos de planta.

"A população ainda não está sensibilizada e é essa hoje nossa principal preocupação, mas pessoas ainda não entenderam que ter esse tipo de criadouro em casa é um risco para si próprio", detalhou, destacando que o Tarumã tem se apresentado como o principal foco, irradiando a doença por toda a região Oeste.

Não é só na Coophavila e no Tarumã que o número de casos está preocupante. O número de registros de pessoas contaminadas pela Dengue praticamente dobrou neste mês, em relação a outubro, em toda a cidade.

No mês passado, foram registrados 183 casos. Já em novembro, até a última sexta-feira, foram 361 notificações, mas este número tende a crescer, porque a contabilidade do mês ainda não foi fechada. "Achamos que este mês vai fechar com mais de 500 casos", previu Ana Lúcia Lyrio.

O mutirão iniciado hoje na região Oeste já foi feito em vários outros bairros da cidade. O objetivo é evitar que ocorra epidemia semelhante a 2007, quando 45.663 pessoas foram infectadas pela Dengue.

Naquela ocasião, somente o vírus tipo 3 estava circulando. Agora, há incidência dos tipos 1, 2 e 3 na cidade, o que torna a situação ainda mais preocupante.

Sem contar que, as pessoas que ficaram doentes em 2007, tendem a apresentar a forma mais grave da Dengue este ano, se contraírem o vírus novamente.

Além deste fator, há o agravante da temperatura, que está atípica este ano. Segundo a diretora de Vigilância, nos meses de julho, agosto e setembro de anos anteriores, quase não houve casos registrados.

Já este ano, a média ultrapassou 100 registros em cada um destes meses. "Muita chuva, calor, em meses em que não é de costume ter este tipo de temperatura, então isso acaba contribuindo com a disseminação da doença", comentou.

Mutirão

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