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Cidades

Dia Mundial do Doador de Sangue começa com metade de doações esperadas

Paula Vitorino | 14/06/2011 14:09

Maior desafio é aumentar o número de doadores fidelizados. Doações precisam acontecer durante todo o ano, já que os componentes do sangue têm tempo limitado para ficar no estoque

Eriberto tornou-se um doador fidelizado depois que percebeu "não ter nada de ruim doar sangue". (Foto: Marcelo Victor)
Eriberto tornou-se um doador fidelizado depois que percebeu "não ter nada de ruim doar sangue". (Foto: Marcelo Victor)

Nesta terça-feira (14), quando é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, o Hemosul recebeu apenas 35 cadastros de doadores durante toda a manhã. O número representa metade do que é esperado para o período diariamente, já que o banco de sangue precisa de 120 doações ao dia.

Nas últimas semanas, o estoque de sangues com RH negativo quase ficou zerado. O hemocentro realizou diversas campanhas e os doadores com essa tipagem sanguinea voltaram a contribuir, mas a situação ainda preocupa. Hoje, o banco de sangues está precisando com urgência dos tipos A+, B+ e B-.

Para acabar com o constante problema de falta de sangue, o maior desafio do órgão é criar a consciência no doador de que é fundamental a fidelidade. Hoje, o hemocentro conta com 134 mil doadores cadastrados, mas destes apenas 60% são fidelizados.

“São com esses doares fidelizados que podemos contar num momento em que a situação dos estoques está critica, porque apesar deles refazerem todos os exames de triagem a chance de estarem aptos para a doação é maior”, explica a responsável pela comunicação do Hemosul, Mayra Beatriz Franceschi.

O homem pode doar até quatro vezes ao ano, com intervalo mínimo de dois meses a cada doação. Já a mulher só pode doar três vezes por ano, a cada três meses no mínimo.

A Hemorrede no Estado é responsável por abastecer todos os hospitais privados e públicos, totalizando 85 locais. A única exceção é a Santa Casa de Campo Grande, que possui seu próprio banco de sangue.

Duração do sangue - O sangue doado é fracionado em três hemocomponentes: hemácias, plaquetas e plasma. A duração de cada componente tem um tempo limitado, sendo que a plaqueta só resiste por cinco dias no estoque.

Por esse motivo, a concentração de doações em determinados períodos, como em campanhas, só resolve o problema do estoque de sangue por pouco tempo.

“As doações feitas na semana passada de RH negativo já não servem mais para um paciente que precisar de plaquetas agora, por exemplo”, revela.

As plaquetas e hemácias são utilizadas para pacientes com leucemia, hemorragia e que sofreram acidentes de trânsito.

Doação - O moto-entregador Eriberto Ibarra, de 28 anos, aproveitou seu horário de almoço nesta terça-feira e foi até o hemocentro para fazer mais uma doação de sangue. Ele é um dos doadores fidelizados, que a cada dois meses procura o Hemosul para fazer sua contribuição.

“Acho que assim posso ajudar quem estiver precisando”, justifica.

Ele começou a doar por curiosidade, no ano de 2003, e resolveu continuar depois que percebeu que o ato só fazia bem.

“Vi que não tinha nenhum consequência ruim, nada que pudesse me prejudicar, e passei a ser um doador freqüente”, conta.

Para ser um doador, é necessário ter entre 18 e 65 anos, estar gozando de boa saúde e estar bem alimentado. O doador não pode ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas, nem algum tipo de medicação nas últimas 24h.

O Hemosul funciona das 7h às 17h30, na Avenida Fernando Corrêa Costa, 1304. O telefone é (67) 3312-1500.

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