Diretor e agentes teriam facilitado saída de presos
A Operação Xadrez, deflagrada hoje pela Polícia Civil, terminou com 42 pessoas presas, entre elas, 29 detentos que eram do semi-aberto e voltaram para o regime fechado.
Também integram a relação de envolvidos o diretor da Colônia Penal Agrícola de Campo Grande, Livrado Braga, o ex-diretor da unidade, Luiz Carlos Santos, e os oficiais e agentes penitenciários Gilmar Figueiredo, Ricardo Baís e Miguel Coelho. Na lista aparece, inclusive, a filha de um dos presos, Ariadne Walesca Pantoja.
Os quatro agentes e Ariadne tiveram decretada prisão temporária, que vale por até 30 dias. Já o diretor Livrado é alvo de prisão preventiva, que não tem prazo para terminar.
O grupo será indiciado por corrupção ativa, corrupção passiva e utilização de documentos falsos.
Segundo a Secretária de Justiça e Segurança Pública, todos estavam envolvidos em um esquema de facilitação de saída de presos da Colônia Penal para prática de crimes. Escutas telefônicas e investigação da Polícia Civil apontaram que os agentes e o diretor eram beneficiados pela ação criminosa dos presos.
Os beneficiados pelo semi-aberto estariam há anos apresentando documentos falsos para atestar trabalho durante o dia, em locais que sequer existem.
O Campo Grande News apurou que os agentes e o diretor recebiam percentual do que era roubado fora do presídio e até produtos de crimes eram repassados como pagamento pela facilitação.
Livrado já era acusado de corrupção, antes mesmo de ser nomeado diretor da Colônia. Mesmo assim assumiu o cargo. Hoje, o secretário da Sejusp jogou a responsabilidade da nomeação para o diretor da Agepen (Agência do Sistema Penitenciário), Hilton Vilassanti.