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Cidades

Dívida pode deixar prefeitura de Dourados no escuro

Redação | 31/03/2009 17:05

A partir de 2 de abril a prefeitura de Dourados, município distante 230 quilômetros de Campo Grande, poderá ficar no escuro. Dívida herdada da gestão passada fez com que a Enersul notificasse a atual administração acerca da possibilidade do corte no abastecimento de energia elétrica, com prazo que está perto do fim.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o prefeito Ari Artuzi (PDT) convocou o secretariado a ajudar traçar uma estratégia para evitar que os prédios fiquem sem luz. A secretária de Receita, Ignez Medeiros, já informou que os cofres da prefeitura não têm dinheiro para quitar os valores deixados por Laerte Tetila, que ainda somam R$ 7 milhões.

"Nós já tentamos negociar com a empresa, mas as negociações não avançaram", lamentou a secretária. Segundo Ignez Medeiros, a proposta da prefeitura foi de pagar a dívida herdada pela administração Artuzi em 60 vezes. O problema é que a Enersul quer parcelar no máximo em 40 meses", justifica a secrtária.

Ela afirma que a arrecadação cai 30% se pagar uma conta mensal de refinanciamento a cima de R$ 200 mil teremos de deixar de tapar buracos, coletar lixo ou comprar o leite para as crianças nos CEIMs (Centros de Educação Infantil Municipais).

A Enersul ameaçou executar o corte até quinta-feira, caso a dívida não for negociada de acordo com as exigências estabelecidas pela empresa. O anúncio foi feito oficialmente em reunião entre a Procuradoria Geral do Município e funcionários da empresa em Campo Grande. Representaram a Enersul o diretor vice presidente Sidney Simonaggio e o diretor operacional Edmir José Bosso.

O montante superior a R$ 7 milhões está relacionado ao consumo de energia nos prédios públicos, no valor de R$ 3 milhões, débitos de iluminação pública, R$ 2 milhões e débitos relativos a parcelamentos não pagos que chegam a R$ 2,2 milhões.

A Enersul aponta que os débitos foram objeto de reaviso de vencimento de contas, bem como de tentativas de recebimento através de contatos pessoais, mantidos em 2008 entre representantes da empresa e do município.

A assessoria jurídica da prefeitura, que já analisou o relatório de débitos, questiona o fato da empresa de energia não ter tomado essa providencia na administração passada, responsável pela dívida, segundo a atual administração.

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