Dono da Boate Tango fica preso por menos de 12 horas
O tenente-coronel Leonardo Coimbra ficou preso por algumas horas de sábado, um dia depois que o juiz da Auditoria Militar, Alexandre Antunes, determinou a prisão preventiva do militar, que é proprietário da Boate Tango. Ele ficou da manhã até a tarde de 26 de setembro no comando do Corpo de Bombeiros, segundo revelou o comandante da corporação, coronel Ociel Ortiz.
De acordo com o coronel, desde que o magistrado determinou a prisão do militar, equipes do Corpo de Bombeiros fizeram diligências na cidade para tentar capturá-lo. "Fomos à casa do pai dele, à dele e no local de trabalho", completa.
No entanto, o tenente-coronel só apareceu no sábado, acompanhado do advogado, no Comando. Horas depois, um habeas corpus do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) colocou o militar em liberdade.
O juiz Alexandre Antunes mandou prender Leonardo Coimbra para evitar que o curso do processo ao qual o militar responde seja interrompido. A decisão foi tomada porque o tenente-coronel não compareceu à audiência prevista para ser realizada na sexta-feira (25/09).
O MPE (Ministério Público Estadual) ofereceu denúncia contra Leonardo Coimbra por falsidade ideológica e exercício de comércio por oficial. O MPE alega que o militar fez declarações falsas, quando disse não ter impedimento para manter a boate.
O caso veio à tona quando a Decat (Delegacia Especializada de Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) instaurou inquérito para investigar a casa noturna e descobriu que durante meses a boate funcionou no Jardim dos Estados, sem licença ambiental.
O funcionamento de clubes e boates depende de alvará fornecido pelo Corpo de Bombeiros, portanto, Coimbra responde também por este crime, na Auditoria Militar.
Oficialmente, ele está cedido para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde presta serviços no gabinete do deputado Marquinhos Trad (PMDB).