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Cidades

Em protesto contra as demarcações, abates ficarão suspensos por 1 mês

Mariana Lopes | 11/07/2013 19:31

Em protesto contra as demarcações das terras indígenas em Mato Grosso do Sul, produtores rurais do Estado se organizam para ficar sem abater gados durante um mês, no período de 20 de agosto e 20 de setembro. O movimento, intitulado Semana da Dependência, pretende chamar a atenção também para a prorrogação de dívidas.

O movimento é encabeçado pelo pecuarista de Dourados Glauco Mascarenhas, 20 anos, e pretende suspender o fornecimento de alimentos para alertar a população a uma série de problemas que acontece no campo.

Segundo Mascarenhas, produtores rurais do todo o País já aderiram ao movimento, que ganhou força através das redes sociais. O pecuarista acredita que a paralisação irá acontecer mesmo que não tenha o apoio de 100% da categoria rural e que o movimento irá causar um impacto político e econômico considerável.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de MS, Oscar Stucrck, os produtores sindicalizados devem se reunir na próxima semana para decidirem se vão aderir ou não ao movimento. “É uma experiência inusitada, ainda não sabemos se vamos parar de abater o gado, mas de qualquer forma, apoiamos o movimento”, afirma.

Sobre o impacto que a paralisação por provocar em Mato Grosso do Sul, o presidente do Sindicato frisa que nunca ocorreu um movimento como este, então é difícil precisar, mas acredita que pode ter consequências graves. “Vai faltar carne no mercado, então o Estado terá que trazer de fora, então neste período deve subir o preço, e depois deste mês, quando todos os produtores voltarem a abater o gado, o preço da carne vai cair”, explica.

Contudo, ele apoia o objetivo do movimento. “O que a categoria rural quer é mostrar à população o que vai acontecer quando demarcarem as terras e não haver mais gado para abater. Por enquanto será um mês, imagina se for para sempre”, alerta Stucrck.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, criticou o movimento e disse que não foi procurado para discutir o assunto.

“Mas de qualquer forma, não concordo em fazer um movimento de cruzar os braços para desabastecer o mercado, tem que medir as consequências dessa paralisação. Já mostramos a nossa indignação, já fomos para a rua, será que vale tomar uma postura radical agora?”, pontua Maia.

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