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Cidades

Empresário ligou 18 vezes para arquiteta na sexta-feira

Redação | 06/07/2010 18:35

O empresário Luiz Afonso Andrade, 42, ligou 18 vezes para o telefone celular da arquiteta Eliane Nogueira, 39, na sexta-feira (2), madrugada em que ela foi encontrada morta carbonizada dentro de seu veículo, abandonado na rua Manoel de Nóbrega, na região do bairro Vilas Boas.

As ligações foram feitas entre 1h06 e 1h18, de acordo com o delegado do 4º DP (Distrito Policial), Wellington Oliveira, que investiga o caso. Ele informa que o grande número de ligações sequenciais foi conferido por ele no celular de Luiz Afonso e por isso acabou pedindo a quebra do sigilo telefônico do empresário.

Afonso foi preso na manhã de sexta-feira, sendo o principal suspeito pela morte de Eliane. Apesar de não ser a principal suspeita da polícia, o delegado não descarta a possibilidade de que o crime tenha alguma motivação financeira, mas precisa analisar a movimentação bancária do casal para ter evidências.

Depoimento do filho da arquiteta poderá ajudar a Polícia Civil a esclarecer detalhes da morte. O adolescente de 15 anos está em Cuiabá (MT), onde mora o pai, desde o assassinato.

Wellington explica que o garoto não prestou depoimento porque não está na cidade. Traçar a cronologia da morte poderá derrubar, por exemplo, a alegação de Luiz, que afirma ter deixado a arquiteta em casa depois de uma festa.

O porteiro do condomínio onde o casal morava, na avenida Mato Grosso, já prestou depoimento e garantiu que Luiz Afonso não esteve no local na madrugada de sexta-feira. O filho da vítima poderá apontar para a polícia o horário preciso em que a vítima saiu de casa.

Dez pessoas já prestaram depoimento à Polícia Civil, entre familiares da vítima, a sócia da empresa de iluminação que pertencia a Eliane e era administrada pelo marido e o funcionário que abasteceu o veículo da empresa na quinta-feira. O depoimento do empregado aponta que os R$ 50 usados para a compra de gasolina eram para a empresa.

Já as declarações dos familiares da vítima serviram para traçar um perfil do marido da vítima. As investigações apontaram que o casal tinha brigas constantes e uma relação violenta.

Enquanto as investigações não são concluídas, o corpo de Eliane permanece no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal).

Amanhã um vigia que trabalha na empresa de Luiz e um outro porteiro do prédio onde o casal morava prestarão depoimento ao delegado Wellington.

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