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Cidades

Erros em centros de estética provocam 30 denúncias por semana

Ângela Kempfer | 13/10/2011 15:26
Joana mostra site da entidade, onde podem ser registradas denúncias.
Joana mostra site da entidade, onde podem ser registradas denúncias.

O número pode parecer alto, mas a Associação de Profissionais Esteticistas de Mato Grosso do Sul garante que por semana envia pelo menos 30 denúncias à Vigilância Sanitária contra centros de beleza que funcionam no Estado.

“Trinta é o mínimo. Tem coisa que os clientes denunciam, a gente verifica que não é verdadeiro, e nem denuncia”, diz a presidente da entidade, Joana Aguirre do Amaral.

O problema piorou depois das promoções em sites de compras coletivas. “Tem gente oferecendo serviços de drenagem linfática a R$ 9,99, sem ter nenhuma capacitação”, reclama.

À Associação não revela os nomes, mas à entidade chegam histórias de diferentes procedimentos estéticos que causaram transtornos as clientes, como o caso de uma mulher de 33 anos que passou por uma simples depilação nas axilas, mas acabou com febre.

Ela fez depilação com cera quente e depois a depiladora usou álcool. A pele queimou e a cliente acabou com dores fortes.

Atualmente, uma das falhas mais freqüentes é na manipulação de pelling cristal e diamante. É a moda do momento para o rosto, oferecidos aos montes pela internet. “Mas que provocam queimaduras sérias se o profissional não fizer direito, ou manchas se não orientar corretamente o cliente”, adverte a presidente.

Segundo a Associação, para atender mais pessoas, os centros de estética formam sem nenhum critério os profissionais. Cursos que deveriam durar, no mínimo, 1.260 horas/aula são esquecidos.

Por equipamento, as fábricas deveriam qualificar os profissionais com mais 120 horas, mas a Associação diz que hoje muitos são formados em 8 horas. ”Muita gente faz esses cursinhos e já abre uma portinha para atender”, reclama Joana.

Na estimativa dela, apenas 40% dos profissionais que trabalham no Estado são regularizados. Campo Grande é recordista em reclamações. Em segundo lugar aparece Dourados e em terceiro Três Lagoas.

E a oferta ilegal não se restringe à periferia dessas cidades, diz Joana. “Salão de alto nível Chácara Cachoeira usa ácido para limpeza de pele e quem faz o procedimento é uma depiladora”.

No Estado são 9 mil clinicas de estética. Para evitar problemas, a orientação é para que os clientes liguem para a Associação, para saber se o profissional é habilitado para o serviço.

A entidade fica na rua Maracaju, número 722. O telefone é 33244154 e o endereço eletrônico www.apecsul.com.br. Ao entrar na página, é preciso entrar no ícone ouvidoria e registrar a denúncia.

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