Família invade casa da Emha; Dona aciona a polícia

Uma casa da Emha (Agência Municipal de Habitação), na rua Adventor Divino de Almeida, no Jardim Noroeste, é objeto de disputa entre o direito e a necessidade. Na manhã de hoje, Sabrina da Silva Pantaleão, de 23 anos, fez um boletim de ocorrência para denunciar que encontrou sua casa invadida ao retornar de uma viagem.

No outro extremo, Daiana Ferreira, de 18 anos, afirma que a casa estava com a porta aberta e tinha apenas um sofá velho na sala, caracterizando que estava sem moradores. "Uns vizinhos me avisaram que a casa estava vazia e a maioria aqui é a invasão", relata Daiana.

Desde ontem, ela, o marido, o filho de 3 anos, o irmão de 10 anos e a sogra ocupam a pequena casa de dois quartos, cozinha e banheiro. A família morava em um barracão de madeira no bairro Estrela Dalva.

Para o imóvel, os novos moradores levaram televisão, mesa, fogão, máquina de lavar e colchão improvisado com resto de tecidos. "Tem três anos que o meu marido tem tentado uma casa na Emha e não consegue".

Segundo ela, o marido, que faz serviços esporádicos como pedreiro, se tornou doador de sangue ao ser informado que isso poderia lhe trazer benefício na disputa por uma casa.

Daiana relata que a dona do imóvel levou a polícia até o local, mas eles justificaram que só podem retirar a família por meio de decisão judicial. Entre os vizinhos, a voz corrente é que Sabrina não mora na casa porque o imóvel fica distante da universidade onde estuda.

Sabrina Pantaleão não foi localizada pelo Campo Grande News.