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Cidades

Fazenda é desocupada por famílias sem-terra após 1 ano

Redação | 14/04/2008 15:29

Uma área que estava invadida há quase um ano por cerca de 300 famílias ligadas a um movimento de trabalhadores rurais sem-terra em Sidrolândia foi desocupada no fim de semana, após um acordo. Os proprietários das fazendas Imbira I e Imbira II, que totalizaram 5 mil hectares, aguardavam o cumprimento da ordem de reintegração de posse desde dezembro, depois de terem obtido liminar determinando a saída dos sem-terra em maio do ano passado.

As famílias estavam no corredor que divide a propriedade. Elas só saíram depois que foi dada a garantia de que teriam um outro local para ir, uma área cedida pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) também em Sidrolândia. A PM (Polícia Militar) na cidade chegou a solicitar 80 homens para cumprir o despejo, se as famílias não saíssem voluntariamente, como havia sido combinado na segunda-feira passada, entre os advogados das famílias, dos fazendeiros e o comando da PM local.

No sábado, conforme a advogada dos proprietários das fazendas, Janete Ribas, os sem-terra desmontaram acampamento, sem necessidade de intervenção policial. As áreas pertencem a Rafaele Pantalena e ao Grupo Meira Fernandes.

As famílias são ligadas ao MCLRA (Movimento Camponês da Luta pela Reforma Agrária). Elas decidiram ocupar a área, segundo apurou a reportagem, porque o proprietário de uma das fazendas havia oferecido a terra para ser comprada pelo Incra. A ocupação seria uma espécie de antecipação para evitar que outros grupos entrassem na propriedade rural. O dono acabou retirando a oferta de venda. Conforme a advogada dos donos das fazendas, nelas é desenvolvida a atividade de pecuária.

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