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Cidades

Festa do Divino une a devoção e a comunidade de Coxim

Redação | 13/06/2010 13:04

Com um sorriso no rosto a comerciante coxinense Francisca Pereira, 61 anos, conta porque aceitou a indicação da comunidade para ser uma das alferes da Festa do Divino. O marido, Luiz Cláudio Pereira, 57 anos, se curou de um acidente que sofreu há cinco anos e eles decidiram integrar, novamente, o grupo que percorre as famílias de Coxim, seja aquelas que ainda moram na região ou até em Campo Grande, onde parte dos festejos ocorreu ao longo da semana e se encerram hoje, com missa e churrasco.

Francisca e Luiz são alferes da bandeira do Divino. Na prática, eles cuidam da bandeira, que percorre casas das famílias coxinenses.

A festa começa no primeiro domingo de maio e vai até julho. Durante três meses, três casais escolhidos pela comunidade católica visitam 15 mil casas.

Além do casal de alferes, tem os festeiros e o capitão do mastro. Os alferes sempre integram a comitiva que percorre as residências.

Eles saem acompanhados dos músicos e do padre. Onde o grupo chega faz a fest em louvor ao Divino Espírito Santo.

De acordo com o padre Micael Carlos Andrejzwski, a música que o grupo leva às casas representa as bênçãos. As famílias, por sua vez, fazem doações para a realização da festa anual.

O padre explica que esta é 115ª edição do evento, que há 16 anos trouxe uma raiz para Campo Grande. Durante uma semana, os "festeiros" visitaram os coxinenses que estão na Capital. Eles reuniram grupos com várias famílias para que todos pudessem participar da festa.

No entanto, o padre ressalta que mesmo os coxinenses que residem no Pantanal são visitados. "Vamos até de barco", completa.

O evento este ano teve início em 02 maio e termina com a festa, que será feita de 16 a 25 de julho, em Coxim. Durante os oito dias, passam pela festa de 60 mil a 100 mil pessoas.

Na abertura, os novos festeiros recebem a coroa, os alferes a bandeira e os capitães o cetro.

Para eles, a bandeira representa a fé no Divino Espírito Santo e é vermelha em alusão ao sangue dos mártires. O cetro é a presença feminina da rainha e a coroa do rei.

Francisca já foi festeira por outras duas vezes. "O padre já falou, uma vez festeira, sempre festeira", diz. Ela afirma que o aprendizado é grande a quem participa.

Izaías Pereira, o Peninha, 55 anos, é um dos organizadores da festa realizada hoje, em Campo Grande. O festeiro conta que há três meses se dedicou à preparação e hoje comemora.

Pela manhã teve café da manhã e missa. Depois da bênção foi o almoço e o organizador antecipa que, se o público estiver animado, terá até um carreteiro. "A experiência foi maravilhosa", conclui.

Os integrantes da comunidade pagaram R$ 15,00 pelo convite. Grupos farão apresentações de músicas da terra, como uma forma de divulgar a cultura da região.

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